Tragédia em SC: Homem incendeia casa com filhos da ex dormindo por não aceitar fim do relacionamento
Homem incendeia casa com filhos da ex dormindo em SC

Imagine o desespero. Três crianças, todas com menos de 12 anos, dormindo profundamente. De repente, não um pesadelo, mas o inferno real se instala ao seu redor. Foi essa a cena de terror que se desenrolou na madrugada de domingo, em Itajaí, litoral norte de Santa Catarina.

O autor? Um homem de 41 anos, cego por uma raiva doentia e pela incapacidade patológica de aceitar uma rejeição. A motivação? O fim do relacionamento com a mãe das crianças. Sim, parece clichê de novela das nove, mas a vida real, às vezes, supera a ficção mais barata em crueldade.

O plano era macabro. Por volta das 3h da manhã, ele se aproximou da residência da ex-companheira. Ela, sabiamente, não estava em casa. Mas os filhos, inocentes absolutos dessa história toda, estavam lá, totalmente vulneráveis. Com um pano e um líquido inflamável – a polícia ainda investiga se era gasolina ou álcool –, ele iniciou seu ataque covarde.

O Barulho que Salvou Vidas

Eis aí um detalhe crucial, daqueles que fazem você acreditar em milagre ou simplesmente no acaso caprichoso. O barulho das chamas e a fumaça que começava a tomar conta da casa não acordaram as crianças. Quem acordou foi um vizinho, alertado pelo cheiro forte e pelo clarão. Foi ele quem, heroicamente, gritou e conseguiu acordar os pequenos, que saíram em pânico, mas a salvo, sem nenhum ferimento físico.

O sujeito, óbvio, não ficou para ajudar. Fugiu. Mas a polícia, diga-se de passagem, foi ágil. Poucas horas depois, já tinham uma pista e localizaram o individuo. Preso em flagrante, é claro. A defesa dele? Até agora, silêncio. Que argumento se pode ter para justificar uma monstruosidade dessas?

A delegada Gabriela Albino, que está à frente do caso, foi direta: ele foi autuado por tentativa de homicídio triplamente qualificada. Traduzindo: meio cruel (fogo), por motivo fútil (a rejeição) e contra vulneráveis (as crianças). Ou seja, a lei joga pesado para esses casos, e não poderia ser diferente.

O Padrão que Assusta

O que mais deixa a gente com um nó na garganta é perceber que isso não é um incidente isolado, uma loucura momentânea. A polícia investiga se ele já praticava outros atos de violência psicológica e ameaças contra a ex-companheira. É quase sempre assim, não é? Começa com ciúmes excessivos, controle, e pode escalar para uma tragédia anunciada.

As crianças, agora, estão sob os cuidados da mãe. O trauma, esse, vai ficar. Como se apaga da memória de uma criança a imagem de alguém tentando matá-las com fogo? A pergunta fica no ar, sem uma resposta fácil.

Ele está atrás das grades, onde deve ficar. A Justiça agora segue seu curso. E a gente fica aqui, pensando no quanto a posse doentia e o ego ferido podem cegar uma pessoa a ponto de levá-la a cometer a barbárie mais incompreensível. Um verdadeiro alerta para a sociedade.