Fisiculturista agride médica por ciúmes em SP e tem prisão preventiva decretada — caso choca região
Fisiculturista agride médica por ciúmes e é preso em SP

Era uma noite como qualquer outra na Baixada Santista — até que o ciúme transformou um apartamento num palco de horror. O fisiculturista Rafael Mendes, 32, conhecido nos circuitos de musculação, agora enfrenta as grades após espancar a médica Giovana Castro, 29, sua companheira. O motivo? Uma suspeita infundada de traição que terminou com a vítima hospitalizada.

Segundo testemunhas ouvidas pela polícia, o clima já estava pesado há semanas. "Ele vivia fiscalizando o celular dela, aparecia de surpresa no hospital... Parecia um filme de suspense mal dirigido", relatou uma vizinha que pediu anonimato.

O dia em que o controle virou tragédia

Tudo aconteceu na última terça-feira (14), por volta das 23h. Giovana chegava do plantão quando Rafael — que havia revirado suas redes sociais — a acusou de estar se envolvendo com um colega de trabalho. "Você acha que não descubro suas mentiras?", teria gritado, segundo o boletim de ocorrência.

  • Primeiro foram empurrões
  • Depois, socos no rosto e chutes nas costas
  • Por fim, tentativa de estrangulamento — detalhe que consta no laudo do IML

O barulho fez outros moradores do condomínio de luxo na Ponta da Praia chamarem a PM. Quando os agentes chegaram, encontraram a médica ensanguentada e o agressor "tranquilo, como se tivesse acabado de malhar", nas palavras de um dos policiais.

Justiça age rápido

O juiz Felipe Torres não perdeu tempo. Analisou os antecedentes de Rafael (que já tinha passagem por ameaça em 2022) e os "traumas múltiplos compatíveis com violência extrema" descritos no exame de corpo de delito. Resultado: prisão preventiva decretada em menos de 48 horas.

"Casos assim mostram como a Lei Maria da Penha precisa ser aplicada com rigor", comentou a delegada responsável, Dra. Luana Bittencourt, enquanto mostrava a câmera de segurança que captou parte da agressão.

Enquanto isso, no Hospital Municipal de Santos, Giovana recebe alta médica — mas não psicológica. Colegas contam que a oftalmologista, antes cheia de planos, agora hesita até para atender chamadas. Já Rafael aguarda julgamento no CDP de Bertioga, onde outros detentos, sabendo do crime, prometem "fazer justiça com as próprias mãos".

Uma história comum demais no Brasil? Infelizmente, sim. Mas que serve de alerta: ciúme não é amor, e controle nunca acaba bem.