Feminicídios no DF disparam em 2024: um retrato alarmante da violência contra mulheres
Feminicídios no DF disparam em 2024

Os números não mentem — e, infelizmente, assustam. O Distrito Federal registrou um salto preocupante nos casos de feminicídio nos primeiros meses de 2024, deixando famílias devastadas e especialistas em alerta máximo. Parece que a cada semana surge um novo caso, mostrando que a violência contra mulheres segue como uma chaga social difícil de erradicar.

Segundo levantamentos preliminares (que ainda podem piorar), os registros já superam os do ano passado inteiro. Algo está falhando — e feio. Seja na prevenção, na proteção ou na punição, o sistema parece estar engasgado, incapaz de frear essa onda de horror.

Os detalhes que doem

Não são só estatísticas frias. Por trás de cada número há histórias interrompidas brutalmente: mulheres que tinham planos, filhos que perderam mães, amigos que ficaram sem respostas. Muitas vítimas já tinham registrado ameaças, medidas protetivas... E mesmo assim.

"É como se a gente estivesse enxugando gelo", desabafa uma delegada que prefere não se identificar. Ela conta casos absurdos — como o de uma vítima que foi morta a facadas pelo ex na frente dos filhos, mesmo com três boletins de ocorrência anteriores.

O que está por trás do aumento?

Especialistas apontam várias possibilidades — nenhuma delas consoladora:

  • Pandemia da violência: Os efeitos do isolamento social ainda ecoam, com agressores mais tempo em casa
  • Falta de efetividade: Medidas protetivas que não protegem, denúncias que viram números em arquivos
  • Cultura machista: Aquela velha história de posse sobre o corpo feminino, que teima em não morrer

E tem mais: cortes orçamentários em programas de acolhimento, delegacias sobrecarregadas, varas especializadas com processos empilhados... Uma combinação explosiva.

E agora?

Enquanto autoridades prometem "novas estratégias" (já ouvimos isso antes, não?), coletivos feministas arregaçam as mangas. Grupos organizam redes de apoio, botam panelaço contra a violência, pressionam por políticas públicas que, de fato, salvem vidas.

Uma sugestão que vem ganhando força: criar um sistema integrado de monitoramento de agressores — algo como um "GPS da violência". Será que funcionaria? Difícil dizer, mas já passou da hora de tentar algo diferente.

O fato é que estamos falando de vidas — não de números. E cada uma dessas histórias interrompidas deveria doer na consciência de toda a sociedade. Até quando?