Feminicídio em MT: Vítima tinha medida protetiva contra o marido e foi assassinada a facadas
Feminicídio em MT: vítima tinha medida protetiva

Era para ser um dia comum em Cuiabá, mas terminou em tragédia. Uma mulher de 32 anos — cujo nome ainda não foi divulgado — teve a vida interrompida de forma brutal pelo próprio marido. Detalhe macabro: ela tinha medida protetiva contra ele. Sim, aquela papelada que deveria ser um escudo, mas que virou mero pedaço de papel diante da fúria assassina.

Segundo testemunhas, o crime aconteceu por volta das 10h da manhã, num bairro residencial da capital. O ex-companheiro invadiu a casa dela — como já havia feito antes — e desferiu múltiplas facadas. Nem a presença dos filhos pequenos, que assistiram tudo, o fez recuar. "Foi cena de filme de terror", contou uma vizinha, ainda em choque.

O sistema falhou. De novo.

Aqui vai o que mais revolta: a vítima tinha registrado pelo menos três boletins de ocorrência nos últimos meses. A última medida protetiva foi concedida há menos de 30 dias. "Ela vivia com medo, mudou de rotina, mas ele sempre achava ela", desabafa uma prima. Pergunta que não quer calar: cadê a fiscalização?

  • O agressor já tinha passagem por lesão corporal
  • Armas do crime: faca de cozinha e perseguição obsessiva
  • Crianças presenciaram o ataque e estão sob cuidados psicológicos

Enquanto isso, na delegacia, o discurso de sempre: "Vamos apurar com rigor". A mesma frase decorada de sempre, enquanto o número de feminicídios em MT só cresce — este é o 18º este ano. Alguém duvida que amanhã terá outro?

Depois do crime, o silêncio

A casa onde tudo aconteceu agora tem flores murchando na porta e vizinhos que desviam o olhar. Dentro, manchas no chão contam a história que ninguém quer ouvir. Do lado de fora, um enxame de repórteres e aquele cheiro pesado de impunidade no ar.

Psicólogos alertam: casos assim geram "trauma coletivo" em comunidades. Mas quem se importa, não é mesmo? Até a próxima vítima.