
Era pra ser mais um dia comum na vida de uma manicure de 32 anos em Campinas. Mas o que aconteceu na tarde de quarta-feira (16) virou um pesadelo — desses que deixam a cidade inteira de luto e perguntas sem resposta.
Ela estava em casa, provavelmente pensando nas unhas que faria no dia seguinte, quando o ex-marido invadiu o lugar. Nem deu tempo de reagir. Três tiros — um no peito, outro na cabeça — e tudo acabou. Na sala, um menino de 4 anos assistiu ao horror. A própria mãe, morta pelo pai.
O que sobrou
"A gente fica sem entender", diz uma vizinha, ainda tremendo. "Como explica pra uma criança que o pai matou a mãe?" O garoto — que não vamos nomear aqui por respeito — agora está com os avós. Psicólogos do CRAS já foram acionados, mas alguns traumas não saem com terapia.
O assassino? Fugiu feito covarde. A polícia trabalha com a hipótese de que ele pode ter ido para Minas Gerais, onde tem familiares. Mas duvido que encontre paz — nem que viva 100 anos.
Histórico que ninguém viu
Aqui é que a coisa fica ainda mais revoltante: ninguém imaginava que ele era capaz disso. "Ela nunca reclamou de ameaças", conta uma amiga da vítima. Mas será? Ou a gente só não sabe ouvir quando as mulheres pedem socorro?
- Ele já tinha sido preso por tráfico em 2019
- O casal estava separado há 2 anos
- Nenhuma medida protetiva estava em vigor
E agora? Agora resta esperar que a Justiça — lenta, pesada, cheia de brechas — faça seu trabalho. Enquanto isso, em algum lugar de Campinas, um menino de 4 anos pergunta pela mãe. E ninguém sabe o que responder.