
Era uma tarde de terça-feira comum no Benedito Bentes, mas o que encontraram numa área de mata densa era tudo menos normal. Quatro dias de angústia terminaram da pior maneira possível para a família de Lidiane Santos.
Trinta e quatro anos. Tinha planos, sonhos, uma vida pela frente. Sumiu sem deixar rastros no último sábado, e desde então parentes e amigos percorreram cada centímetro do bairro implorando por informações. Até que, por volta das 15h desta terça, o pior se confirmou.
O Encontro que Ninguém Queria
Quem achou o corpo foram moradores da região – gente simples que nunca imaginou testemunhar uma cena daquelas. A área fica atrás do antigo campo de futebol, num terreno baldio que serve de depósito de entulho e, agora, de cenário para mais uma tragédia anunciada.
"A gente ouvia os gritos da família desde o fim de semana," conta uma vizinha que preferiu não se identificar. "Cada hora que passava, a esperança ia embora um pouco mais." E foi.
Investigação em Andamento
O pessoal da Divisão de Homicídios já trata o caso como feminicídio – essa palavra feia que virou parte do nosso vocabulário cotidiano. Perícia no local, busca por câmeras de segurança, interrogatório de conhecidos... o protocolo padrão que, francamente, nunca traz a vida de volta.
O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), porque números e estatísticas precisam de confirmação oficial. Mas a dor da família já é realidade há muito tempo.
Enquanto isso, no Benedito Bentes, o clima é de luto e revolta. Mais uma. Quantas vezes vamos repetir essa história antes de algo mudar de verdade?