
O que deveria ser uma tarde comum numa casa do bairro Vila Santiago, em Itaúna, transformou-se num pesadelo de consequências irreparáveis. A pequena Maria Eduarda, com apenas quatro primaveras de vida, não resistiu após ingerir um pedaço de bolo que, pasmem, continha veneno. E o mais chocante: a autora da receita mortal foi a própria avó da criança.
A Polícia Militar foi acionada na última segunda-feira (22) para uma ocorrência desesperadora. A menina já estava inconsciente quando os socorristas chegaram. O Corpo de Bombeiros fez de tudo no transporte para o Hospital Nossa Senhora das Dores, mas o quadro era gravíssimo. Infelizmente, não houve tempo para reverter a situação.
E aqui vem a reviravolta que deixa qualquer um de cabelo em pé. Durante os depoimentos, a avó materna, uma senhora de 66 anos, simplesmente assumiu a responsabilidade. Disse, sem rodeios, que misturou um produto tóxico à massa do bolo. O motivo? Ainda é um ponto de interrogação que a polícia tenta desvendar. Seria um ato premeditado ou algo impulsivo, fruto de um desequilíbrio? As investigações do 50º Batalhão da PM seguem a todo vapor para entender o que se passava na cabeça dessa mulher.
Um silêncio que grita
A família, é claro, está arrasada. Como explicar o inexplicável? O laudo preliminar do IML já apontou para intoxicação exógena – um termo técnico para algo brutalmente simples: envenenamento. A avó foi levada para a delegacia, e o caso agora é tratado como um homicídio doloso. A Justiça precisa responder.
Itaúna, uma cidade geralmente tranquila no centro-oeste mineiro, não sabe o que dizer. Um evento desses mexe com a estrutura de qualquer comunidade. Vizinhos, amigos, todos se perguntam se havia sinais, se algo poderia ter sido feito. A dor da perda se mistura com a incredulidade perante o autor do crime.
O que sabemos até agora?
- O fato: Morte de uma criança de 4 anos por envenenamento.
- O cenário: Na própria casa da família, em Itaúna (MG).
- A confissão: A avó materna, de 66 anos, admitiu o ato.
- O método: Veneno adicionado a um bolo caseiro.
- O status: Investigação em andamento pela Polícia Civil.
Esse tipo de história serve como um alerta sombrio. Até que ponto conhecemos aqueles que vivem sob o mesmo teto? A violência doméstica, às vezes, veste as roupas mais inesperadas. Enquanto a lei busca uma resposta, resta à família tentar encontrar algum consolo na memória de Maria Eduarda – uma vida curta e interrompida de forma tão absurda.