
Imagine a cena: uma discussão que escalou para o inacreditável. Na frente das crianças, que assistiram tudo paralisadas pelo medo. Não foi um acidente, não foi um desentendimento qualquer - foi violência pura, daquelas que deixam marcas físicas e psicológicas para sempre.
A ex-companheira do advogado, cuja identidade preservamos por questões de segurança, narra com voz ainda trêmula o que aconteceu naquele dia. Ele, supostamente um profissional da lei, teria perdido completamente o controle. Socos, muita força desmedida contra uma mulher indefesa. E o pior? A mãe dela, que tentou intervir para proteger a filha, também foi violentamente agredida.
Os dentes quebrados da idosa são o testemunho mudo da brutalidade do momento. Como pode alguém estudado, com suposta formação para defender direitos, cometer algo tão primitivo? A pergunta fica no ar, ecoando na mente de quem ouve o relato.
As crianças viram tudo
Este talvez seja o detalhe mais cruel de toda a história. Os pequenos, que deveriam estar protegidos num ambiente familiar, tiveram que testemunhar a própria mãe e avó sendo agredidas. O trauma? Imensurável. Psicólogos já comprovaram que cenas como essas podem marcar para sempre o desenvolvimento emocional de uma criança.
O suposto agressor, agora, enfrenta as consequências jurídicas de seus atos. A delegacia já registrou o ocorrido, e o caso segue sob investigação. A ex-companheira, corajosamente, buscou ajuda policial imediatamente após o episódio - uma atitude que, infelizmente, ainda assusta muitas vítimas de violência doméstica.
O duplo padrão social
Há algo de profundamente perturbador quando um advogado - figura que simboliza a justiça e o cumprimento da lei - é acusado de tamanha barbárie. Esperamos que profissionais do direito sejam exemplos de civilidade, não é mesmo? A realidade, no entanto, mostra que títulos acadêmicos não são garantia de caráter ou controle emocional.
A violência doméstica continua sendo uma chaga social no Brasil. Cases como esse revelam que o problema atravessa todas as classes sociais, níveis educacionais e profissões. Ninguém está imune - nem mesmo dentro de supostos lares seguros.
O que resta agora? Além do processo judicial, resta a reconstrução. Das dores físicas, com dentistas e médicos. Das emocionais, com terapia e apoio familiar. E principalmente, a esperança de que o sistema de justiça funcione para todas as vítimas, independentemente de quem seja o agressor.