Tragédia em Manaus: Adolescente de 12 anos é investigada por suposta participação no assassinato da própria mãe
Adolescente de 12 anos investigada por morte da mãe em Manaus

Uma investigação que está chocando o Amazonas revela detalhes sombrios de um crime que parece saído de um roteiro de filme. A polícia trabalha com a possibilidade de que uma menina de apenas 12 anos possa ter arquitetado o assassinato da própria mãe. Sim, você leu direito: doze anos.

A vítima, uma mulher de 41 anos que vivia com deficiência física, foi encontrada sem vida no último dia 17, em sua residência no bairro Jorge Teixeira, zona leste de Manaus. O cenário era de brutalidade - múltiplas facadas.

Eis que a trama se complica: o namorado da adolescente, um jovem de 17 anos, compareceu à delegacia e assumiu a autoria do crime. Mas aí que a coisa fica realmente perturbadora. Segundo depoimentos colhidos pelos investigadores, a motivação teria partido da filha da vítima. O suposto motivo? Herdar aproximadamente R$ 17 mil que estariam guardados em uma poupança.

Os Detalhes que Assustam

Testemunhas relataram à polícia que a relação entre mãe e filha era... complicada, para dizer o mínimo. A adolescente supostamente não aceitava bem as limitações da mãe e as restrições naturais da maternidade. Parece que a convivência estava insustentável, pelo menos na visão da jovem.

O delegado Emerson Lima, que comanda as investigações, não esconde o espanto: "Estamos diante de um caso extremamente complexo, onde a suposta autora intelectual é uma criança. A crueldade dos detalhes nos faz questionar muitas coisas sobre a sociedade atual".

O rapaz que confessou o crime já foi indiciado por homicídio qualificado. Já a menina... bem, aí a situação jurídica fica mais nebulosa. Por ter menos de 12 anos, ela é considerada absolutamente inimputável pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Ou seja, não pode ser responsabilizada penalmente como um adulto.

E Agora?

A menina foi levada para a Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca). O Conselho Tutelar foi acionado, e agora a Justiça decidirá sobre medidas protetivas e acompanhamento psicológico. Enquanto isso, a família tenta digerir o indigesto - como uma tragédia dessas pôde acontecer sob seu próprio teto?

O caso levanta discussões incômodas sobre até onde vai a influência de relacionamentos entre adolescentes, a banalização da violência e, francamente, que tipo de valores estamos transmitindo às novas gerações. Uma coisa é certa: a comunidade do Jorge Teixeira não será a mesma depois dessa revelação chocante.