Adolescente agiu sozinho em incêndio que matou bebê de 11 meses em Santos, conclui polícia
Adolescente agiu sozinho em incêndio fatal, diz polícia

Um drama familiar que comoveu o litoral paulista ganhou novos capítulos nesta semana. A polícia encerrou as investigações sobre o incêndio que destruiu um apartamento e tirou a vida de uma bebê de apenas 11 meses em Santos - e as conclusões são mais perturbadoras do que se imaginava.

Contrariando especulações iniciais, os peritos atestaram que o adolescente de 16 anos agiu completamente sozinho ao provocar as chamas que consumiram o imóvel no último mês. "Não há qualquer indício de que ele tenha recebido ajuda ou incentivo externo", afirmou o delegado responsável pelo caso, em coletiva que deixou repórteres perplexos.

O que levou a essa tragédia?

Segundo fontes próximas à investigação, o jovem - cuja identidade permanece preservada por ser menor - apresentava "comportamentos preocupantes" há meses, mas a família não imaginava que a situação chegaria a esse extremo. Vizinhos relatam ter ouvido discussões acaloradas no apartamento horas antes da tragédia.

O apartamento virou um inferno em questão de minutos. Enquanto a mãe conseguia escapar com queimaduras graves, a irmã caçula não resistiu à fumaça densa - um detalhe que deixou até os investigadores mais experientes emocionados durante os depoimentos.

As peças do quebra-cabeça

  • O adolescente usou líquido inflamável de forma premeditada
  • Câmeras do prédio mostram que ele estava sozinho ao entrar no local
  • Perícia não encontrou mensagens ou indícios de conspiração
  • Laudos psicológicos apontam distúrbios não tratados

Psicólogos forenses que analisaram o caso alertam: situações como essa - ainda que raras - acendem um sinal vermelho sobre a saúde mental de adolescentes em conflito familiar. "Quando a dor vira combustível, até o impensável pode acontecer", reflete a Dra. Lúcia Mendes, especialista em traumas juvenis.

O caso agora segue para a Vara da Infância e Juventude, enquanto a família tenta reconstruir a vida longe do prédio que virou palco de horror. Resta saber se o sistema conseguirá oferecer ao jovem algo que, segundo especialistas, falhou dramaticamente antes da tragédia: ajuda.