
O tribunal baiano não deixou dúvidas: 32 anos de prisão. Essa foi a sentença dada ao homem que tirou a vida de uma mãe e sua filha em um daqueles crimes que deixam até os mais endurecidos de estômago em choque. Aconteceu num bairro tranquilo de Salvador, onde ninguém esperava por tamanha brutalidade.
Segundo os autos — e aqui a gente até hesita em repetir os detalhes —, o acusado invadiu a casa das vítimas numa noite de abril. Motivo? Briga por dívida. Sim, algo tão banal quanto isso. A filha, que tinha apenas 19 anos, tentou proteger a mãe. Não conseguiu.
O julgamento que mexeu com a cidade
O juiz, visivelmente impactado, foi categórico: "Não há espaço na sociedade para esse tipo de violência". E olha que o defensor tentou de tudo — desde problemas psicológicos até alegações de legítima defesa (sim, você leu certo). Nada colou.
Curiosamente, o réu permaneceu impassível durante a leitura da sentença. Nem um piscar de olhos. Enquanto isso, do outro lado da sala, familiares das vítimas seguravam fotos e choravam silenciosamente.
Repercussão e números que assustam
- A Bahia registrou aumento de 15% em feminicídios no último ano
- 70% dos casos têm relação com violência doméstica
- Este foi o 3º julgamento do gênero só neste mês na comarca
Moradores da região contam que, desde o crime, criaram grupos de vigilância comunitária. "A gente não confia mais nem na própria sombra", disse Dona Maria, vizinha das vítimas, enquanto arrumava as flores no memorial improvisado na calçada.
E aí, será que 32 anos são suficientes? Alguns juristas argumentam que sim, outros dizem que a sociedade paga caro por penas brandas. Enquanto o debate segue, duas vidas se foram — e uma comunidade inteira aprendeu, da pior forma possível, que a violência pode bater à porta de qualquer um.