Suspeito de Tentativa de Estupro em SC Alega Ter 'Perdido a Cabeça' em Depoimento Chocante
Suspeito de estupro em SC alega ter "perdido a cabeça"

Um clima de terror tomou conta de um tranquilo bairro de Itajaí nesta terça-feira (20). Um homem de 39 anos, cujo nome ainda não foi divulgado, foi algemado pela polícia depois de uma tentativa de estupro que deixou a comunidade em estado de choque. As vítimas? Duas garotas, ambas com apenas 14 anos de idade. A coragem delas, diga-se de passagem, foi o que impediu uma tragédia maior.

O que se seguiu foi um desdobramento digno de um roteiro de filme de suspense. O indivíduo, ao ser interrogado, não encontrou justificativas plausíveis. A alegação que apresentou aos delegados foi, para dizer o mínimo, assustadoramente vaga: ele simplesmente "perdeu a cabeça". Como se um lapso momentâneo pudesse de alguma forma explicar um ato de violência tão repugnante.

O Desenrolar do Crime que Chocou a Cidade

Tudo começou por volta das 14h30, horário em que muitas pessoas ainda estão almoçando ou voltando para o trabalho. As duas jovens estavam andando pela Rua João da Costa, uma via movimentada do bairro Cordeiros, quando o suspeito se aproximou. A princípio, ele tentou puxar conversa, um approach que rapidamente escalou para o assédio e depois para a ameaça física explícita.

Ele não apenas as seguiu, como chegou a agarrar uma delas pelo braço, forçando-a a acompanhá-lo. A sorte—se é que podemos usar essa palavra aqui—é que uma das adolescentes conseguiu se soltar. A reação dela foi instantânea e crucial: um grito. Alto, penetrante, o suficiente para atrair a atenção de quem estava por perto e fazer o agressor recuar momentaneamente.

Foi essa janela de oportunidade, esse instante de bravura, que permitiu que elas fugissem. Correram sem olhar para trás, até encontrar um adulto que, percebendo o desespero estampado em seus rostos, não hesitou em acionar a Polícia Militar imediatamente.

A Prisão e o Depoimento que não Convence

p>Os policiais militares foram ágeis. Com a descrição precisa fornecida pelas jovens, conseguiram localizar e prender o suspeito na própria região do crime. Ele não tentou resistir, mas a expressão vazia e a justificativa esfarrapada deixaram claro que não havia arrependimento, apenas o cálculo de tentar parecer menos culpado.

Na delegacia, a narrativa dele desmoronou. A alegação de um "surto" ou "perda de controle" soou como o que é: uma tentativa fraca de mitigar a gravidade de seus atos. O delegado responsável pelo caso, em entrevista, foi enfático ao afirmar que a conduta do homem foi premeditada e que ele agora responderá por tentativa de estupro de vulnerável—um crime cuja pena é severíssima, e com toda a razão.

As meninas, ainda abaladas, receberam todo o suporte necessário. O caso serve como um alerta sombrio, mas também como um testemunho da importância de reagir e pedir ajuda. A investigação continua, e a justiça, espera-se, será feita.