Tragédia em MT: Mulher trans é sequestrada e encontrada morta com mãos e pés amarrados em milharal
Mulher trans sequestrada e assassinada com mãos amarradas em MT

Uma cena de horror que parece saída de um pesadelo. Na tarde desta segunda-feira (15), o corpo de uma mulher trans foi encontrado em um milharal na zona rural de Poconé, a pouco mais de 100 km de Cuiabá. As mãos e os pés estavam amarrados, e a vida foi brutalmente interrompida.

Segundo testemunhas – e acredite, essas coisas não passam despercebidas numa comunidade – a vítima, de 27 anos, foi sequestrada na madrugada de domingo para segunda. O momento do crime foi filmado por câmeras de segurança. Dois homens num carro modelo Fiesta, de cor prata, agiram com frieza impressionante. A abordagem aconteceu por volta das 4h20, bem em frente ao estabelecimento comercial onde a jovem trabalhava, no bairro Jardim União.

Imagina só a cena: o fim de um turno, o cansaço do trabalho, e de repente… o terror. Ela foi forçada a entrar no veículo, que desapareceu na escuridão. Sumiu. Até que agricultores da região, fazendo seu trabalho rotineiro, se depararam com o que nenhuma pessoa deveria ver.

O Corpo e a Cena

O local é de difícil acesso, desses que só quem conhece a região sabe encontrar. O corpo estava em avançado estado de decomposição, o que complica tudo. A Polícia Técnica esteve no local para fazer a remoção e os primeiros exames. A perícia vai ser crucial aqui.

Os pés e as mãos amarrados não deixam muita margem para dúvidas sobre a intenção dos criminosos. Isso foi execução. Pura e simples. E sabe o que é mais revoltante? A motivação parece ter sido banal, vil, mesquinha. A família da vítima contou aos investigadores que ela tinha o hábito de levar consigo todo o dinheiro que recebia no dia. Tudo. Possivelmente, os bandidos a viram recebendo e planejaram o roubo.

Investigacao em Andamento

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) assumiu o caso e trata o crime como latrocínio – que é roubo seguido de morte, para quem não lembra do jargão jurídico. Eles estão analisando as imagens das câmeras, é claro. Num mundo ideal, a placa do tal Fiesta prata seria visível e tudo se resolveria rápido. Mas o mundo não é ideal, não é mesmo?

O carro tinha um adesivo na dianteira, segundo as imagens. Um detalhe que pode ser a peça que falta no quebra-cabeça. A polícia pede: se alguém viu algo, qualquer coisinha que seja, que fale. O disque-denúncia está aí para isso. Às vezes um detalhe insignificante para uma pessoa é a chave para tudo.

A vítima ainda não teve o nome divulgado. Respeito pela família, que deve estar vivendo seu pior momento. Ela era conhecida no local onde trabalhava, e o choque entre os colegas foi grande. Medo, tristeza e uma pergunta que não cala: até quando?

O caso lembra outros tantos que acontecem Brasil afora, principalmente com pessoas da comunidade LGBTQIAPN+. Violência que escancara uma ferida social profunda. Em pleno 2025, parece que alguns ódios não arrefecem, só mudam de método.

Enquanto isso, em Poconé, a vida segue nos milharais. Mas a memória daquela cena horrível vai ficar marcada na mente de quem a viu. E a justiça? Bem, esperamos que faça seu trabalho.