Uma tarde que prometia ser como qualquer outra no bairro Jardim Autonomista, em Campo Grande, transformou-se num pesadelo de partir o coração. E olha que eu já cobri muita coisa triste nesses vinte anos de profissão, mas algumas histórias simplesmente te cutucam a alma.
A pequena — vamos chamá-la de Ana, porque nomes reais não importam agora, só a dor — sumiu. Seis aninhos apenas. A família, desesperada, acionou a polícia por volta das 16h dessa segunda-feira (1º). Um clima de angústia daqueles que aperta o peito.
E então, a descoberta horrível. Por volta das 19h, num daqueles plots que ninguém consegue prever, os bombeiros localizaram o corpo da menina. O cenário? A casa de um vizinho, a poucos metros de onde ela morava. O objeto do crime? Uma banheirinha de bebê, azul. A ironia cruel de um item feito para a vida ser usado para a morte é de deixar qualquer um sem ar.
O Suspeito e a Cena Macabra
O tal vizinho, um homem de 37 anos — e aí a gente se pergunta o que se passa na cabeça de alguém dessa idade —, foi detido no local. Flagrado com a própria arma do crime, digamos assim. A Delegacia de Homicídios assumiu o caso, e o cara não tá falando nada. Advogado já foi chamado, claro. O silêncio dele é quase tão ensurdecedor quanto o grito de dor da família.
Os peritos do IC trabalharam a noite toda no local. A banheira foi recolhida como prova crucial. O que se passa na mente de alguém que comete um acto desses? Será que foi premeditado? Um surto? A gente fica aqui tentando arranjar lógica onde não existe nenhuma.
O Que Se Sabe Até Agora
Local: Rua Antônio Camacho García, no Jardim Autonomista. Um lugar tranquilo, desses onde as crianças brincam na rua.
A Vítima: Uma menina de seis anos. Toda a vida pela frente, interrompida de forma brutal.
O Suspeito: Vizinho, 37 anos. Preso em flagrante. Motivação? Um grande ponto de interrogação.
Cena: Corpo encontrado dentro de uma banheira de bebê, na residência do suspeito.
O caso agora está sob o comando do delegado Paulo Roberto dos Santos. A investigação corre em segredo de Justiça, tentando juntar as peças desse quebra-cabeça doente.
A verdade é que algumas notícias a gente escreve com as mãos trémulas. Esta é uma delas. Campo Grande acordou hoje mais cinzenta. E uma família perdeu seu maior tesouro.
