Tragédia no ES: Menina de 6 Anos Morta em Ataque de Facção — 'Não Deixem Bandidos Tirando Vidas Inocentes', Clama Bisavó
Menina de 6 anos morta em ataque de facção no ES

Era pra ser mais uma noite como qualquer outra no bairro Nova Rosa da Penha, em Cariacica. Mas o que deveria ser silêncio e descanso se transformou em pesadelo. Daquele jeito que a vida tem de virar de cabeça para baixo em questão de segundos.

Por volta das 23h30 de segunda-feira, o barulho seco de tiros cortou o ar. Não eram fogos de artifício — era disparo de arma de fogo, e muito. Um ataque direto, coordenado, de facção. E no meio do fogo cruzado, uma casinha simples, com uma família dentro.

Dentro estava Sophia, uma garotinha de apenas seis anos. A bala — perdida? intencional? — não importa. Ela a atingiu. O que era para ser um lugar seguro, o próprio quarto, tornou-se uma cena de horror.

— A gente ouviu os tiros, muitos mesmo. Veio de todos os lados — conta uma vizinha, ainda em choque. — Ninguém esperava... uma criança. Coitadinha.

Sophia foi levada às pressas para o Hospital Infantil, mas não resistiu. O que restou foi o desespero de uma família destruída e uma pergunta que não cala: até quando?

O Grito de Dor de Quem Fica

Maria de Lourdes, a bisavó de Sophia, não segura a voz trêmula de indignação. — Eles mataram minha menina. Uma inocente! — diz, entre lágrimas. — Cadê a segurança? Cadê o Estado? Não podemos deixar que esses bandidos continuem tirando vidas assim.

Ela fala com a dor de quem viu a vida ser arrancada de forma brutal, sem sentido. Um luto que chega antes da hora, marcado pela crueldade.

O caso já está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios do Espírito Santo. A Polícia Civil confirmou que se tratou de um ataque de facção. Mas, pra família, isso é pouco. Eles querem respostas. Querem justiça.

Não é Isolado. É Sistêmico.

O que aconteceu com Sophia não é um "acidente". É a expressão mais crua de uma guerra que não respeita fronteiras — muito menos a inocência de uma criança.

Cariacica, assim como outras periferias do Brasil, vive sob o jugo constante do crime organizado. E são os mais frágeis — crianças, idosos, trabalhadores — que pagam o preço mais alto.

Enquanto isso, a pergunta fica: quantas Sophias mais precisam morrer para que algo mude?

O velório da menina está marcado para esta quarta-feira (28), e o sepultamento deve ocorrer no Cemitério Parque da Saudade, em Itacibá. Uma despedida cercada de dor e de um silêncio que grita por justiça.