Alerta em João Pessoa: 435 Casos de Violência Infantil em 2025 Revelam Urgência na Proteção de Crianças
João Pessoa: 435 casos de violência infantil em 2025

Um levantamento preocupante divulgado pelo Conselho Tutelar de João Pessoa revela que a capital paraibana já registrou 435 denúncias de violência infantil apenas nos primeiros dez meses de 2025. Os números, que representam uma média de mais de uma denúncia por dia, acendem um alerta sobre a vulnerabilidade das crianças na cidade.

Segundo o conselheiro tutelar Robson Dantas, os dados refletem apenas "a ponta do iceberg" da realidade, já que muitos casos sequer chegam ao conhecimento das autoridades. "Cada número representa uma criança em situação de vulnerabilidade, um direito violado, uma infância comprometida", alerta o especialista.

Panorama das Denúncias

As estatísticas mostram que:

  • Janeiro foi o mês com maior número de registros: 59 casos
  • As denúncias envolvem diferentes tipos de violência, incluindo física, psicológica e sexual
  • A maioria dos casos ocorre no ambiente doméstico
  • Vítimas e agressores frequentemente mantêm vínculos familiares

Canais de Denúncia e Proteção

Diante desse cenário preocupante, as autoridades reforçam a importância dos canais de denúncia:

  1. Disque 100: canal nacional de denúncia de violações de direitos humanos
  2. Conselho Tutelar: atua diretamente na proteção de crianças e adolescentes
  3. Delegacias especializadas: recebem e investigam os casos

"A denúncia é o primeiro passo para romper o ciclo de violência. Muitas vezes, a criança não tem voz, então a sociedade precisa ser os olhos e ouvidos para protegê-las", destaca Robson Dantas.

Conscientização e Prevenção

Especialistas em direitos da criança enfatizam que a solução do problema passa por múltiplas frentes:

A educação sobre direitos infantis, o fortalecimento da rede de proteção e a conscientização da população são fundamentais para mudar essa realidade. "Proteger nossas crianças não é apenas uma obrigação legal, mas um compromisso moral de toda a sociedade", conclui o conselheiro.