Tragédia familiar: pai e filho morrem em assaltos no Rio com 7 anos de intervalo
Pai e filho são vítimas fatais de assaltos no Rio

A cidade do Rio de Janeiro foi palco de uma tragédia familiar que chocou moradores e amigos. Paulo Roberto Pires da Rocha, de 71 anos, sócio da tradicional rede Casa do Biscoito, foi morto durante uma tentativa de assalto no bairro do Grajaú, Zona Norte, na noite de sábado, 13 de julho.

Uma história que se repete

O caso ganha contornos ainda mais dramáticos ao revelar uma cruel coincidência. Em 2016, o filho de Paulo Roberto, o tenente Márcio Ávila da Rocha, então com 30 anos, também foi vítima fatal de um assalto. O policial militar, lotado no Batalhão de Choque, foi morto a tiros na Rua Gonzaga Bastos, em Vila Isabel, na Zona Norte. O local do crime do filho fica a menos de 3 quilômetros de onde o pai perdeu a vida.

Na ocasião, o tenente Márcio estava de moto quando foi abordado por criminosos. Ele levou sete tiros. Os assaltantes fugiram levando a motocicleta e a arma do policial.

Os detalhes do último crime

No sábado, Paulo Roberto estava dentro do carro com sua esposa, retornando para casa. No trajeto, na esquina das ruas Sabará e Caçapava, em frente ao próprio prédio onde morava, o casal foi abordado por criminosos armados que estavam em duas motos.

Assustado com a abordagem, o comerciante acelerou o veículo na tentativa de fugir. Foi nesse momento que ele recebeu um disparo nas costas. Após ser atingido, perdeu o controle da direção e colidiu contra uma árvore.

A esposa, que estava no banco do passageiro, não foi atingida por balas, mas sofreu uma fratura no braço devido ao impacto da colisão. O empresário foi socorrido e levado para o Hospital do Andaraí, mas não resistiu aos ferimentos.

Luto e insegurança

Amigos e familiares estão em estado de choque. Mario César, irmão do empresário, expressou a dor da família: “Infelizmente, é a segunda vez que a família sofre isso. A gente nunca sabe como vai reagir”.

Luciano Perez Lopez, amigo da vítima, destacou a popularidade de Paulo Roberto: “Uma pessoa muito querida, amigo de todos. O bairro está triste com a perda de um grande amigo”.

Na segunda-feira, 15 de julho, o bairro do Grajaú amanheceu com um policiamento reforçado. No entanto, moradores da região relataram que a sensação de insegurança tem aumentado constantemente. “Chega uma certa hora da noite que é precário”, afirmou Luciano, ecoando um sentimento comum entre os residentes.

A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) assumiu as investigações do caso. Até o final da manhã desta segunda-feira, não havia informações sobre a identificação ou prisão dos suspeitos envolvidos no assalto que tirou a vida do comerciante.