
Um cenário de horror se desenrolou nas matas de Pacaraima, fronteira seca com a Venezuela, nesta sexta-feira (20). Dois irmãos — mereciam estar brincando, não sofrendo — de apenas 7 e 8 anos foram resgatados com marcas que contam uma história silenciosa de crueldade.
Imagina só: ferimentos profundos, desidratação severa, hematomas por todo o corpo. A polícia não tem meias palavras: classificou o caso como tentativa de homicídio. Que tipo de monstro faria isso com crianças?
O Resgate que Chegou Tarde Demais
Por volta das 16h, uma chamada anônima — um fio de esperança — acionou o Pelotão de Fronteira. Os militares seguiram para uma área rural distante, onde encontraram as vítimas. As crianças estavam conscientes, mas o olhar... o olhar dizia tudo.
Os socorristas do Samu, quando chegaram, ficaram estarrecidos. "Sinais evidentes de agressão física", relatou um dos paramédicos, preferindo não se identificar. O que esses pequenos sofreram antes do resgate é algo que vai marcar para sempre quem os encontrou.
O Longo Caminho até Boa Vista
O estado crítico das crianças exigiu transferência imediata para a capital. Foram transportadas para o Hospital Geral de Roraima, unidade de referência no estado. O trajeto — cerca de 220 quilômetros de estrada — deve ter parecido uma eternidade.
Às 19h30, elas finalmente chegavam ao HGR. Equipes médicas já aguardavam, preparadas para o pior. O que encontraram? Além das lesões aparentes, as avaliações preliminares indicavam desnutrição. Sim, desnutrição — como se a fome também tivesse sido usada como arma.
As Perguntas que Ninguém Consegue Responder
Quem são os responsáveis? Onde estão os pais? Por que alguém faria isso? A Polícia Civil assumiu as investigações, mas as informações são escassas. Muito escassas.
Testemunhas relatam que as crianças estavam sozinhas na mata. Sozinhas. Mas será que realmente estavam? Ou alguém as abandonou lá, hoping que a natureza fizesse o trabalho sujo?
O Conselho Tutelar foi acionado — como manda a lei — mas até o momento não se manifestou publicamente. O silêncio das autoridades, às vezes, fala mais alto que palavras.
Um Caso que Não Pode Cair no Esquecimento
Enquanto isso, nas redes sociais, a revolta cresce. Moradores da região questionam como algo assim pode acontecer em pleno século XXI. "É inacreditável", comenta uma professora local. "Essas crianças deveriam estar na escola, não fighting por suas vidas no hospital".
O caso lembra outros episódios tristes de violência infantil no Norte do país. A diferença é que desta vez, por obra do destino ou de um anônimo com consciência, elas sobreviveram.
Mas sobreviver é só o começo. A recuperação física e psicológica será longa. Muito longa. E a justiça? Bem, esperamos que desta vez ela seja mais rápida que o sofrimento dessas duas vidas inocentes.