
Imagine só: você leva sua avó para ser atendida numa unidade de saúde e, de repente, ela volta com queimaduras de segundo grau. Foi exatamente o pesadelo que a família de Dona Maria*, 73 anos, viveu na última semana.
A cena aconteceu na UPA do Barreiro, zona sul de Belo Horizonte, durante um procedimento de rotina. Segundo relatos, a água usada para aquecer compressas estava literalmente fervendo — coisa de deixar qualquer um de cabelo em pé.
O que diabos aconteceu?
Testemunhas contam que a equipe médica aplicou compressas quentes na região lombar da paciente, sem testar a temperatura adequadamente. Resultado? Queimaduras graves que exigiram transferência imediata para o Hospital Municipal Odilon Behrens.
"Minha mãe saiu de lá gritando de dor", desabafa a filha, que preferiu não se identificar. "Isso não é descuido, é imperícia!"
E agora, José?
A Secretaria Municipal de Saúde já foi acionada e prometeu apurar o caso. Enquanto isso, três questões ficam no ar:
- Por que ninguém verificou a temperatura da água?
- Existe protocolo para esses procedimentos?
- Quantos casos assim passam despercebidos?
Enquanto Dona Maria se recupera — com dores que, segundo os médicos, podem durar semanas —, a família cogita até medidas judiciais. "Não vamos deixar barato", promete a filha.
PS: A UPA informou que está colaborando com as investigações, mas evitou comentar detalhes. Típico, não?