
Era questão de tempo — e a justiça finalmente chegou. Numa operação que misturou paciência de jaguar e precisão cirúrgica, a polícia prendeu nessa sexta-feira (5) um indivíduo que há tempos aterrorizava a tranquilidade do interior mineiro.
O alvo? Um homem de 36 anos, condenado a nada menos que 45 anos de prisão. Seu crime? Violentar quatro crianças inocentes, em atos que beiram o inominável. Ele estava foragido, claro, escondendo-se numa comunidade rural de Rio Vermelho, achando que poderia escapar da lei.
Enganou-se redondamente.
Operação fecha cerco sobre criminoso
Segundo as autoridades, tudo começou com uma denúncia anônima — aquelas que, muitas vezes, mudam tudo. Os agentes do Demaq (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher e Criança) e da Polícia Civil não perderam tempo. Montaram estratégia, foram ao local e… lá estava ele. Preso sem maiores resistências, quase como se soubesse que seu tempo de fuga havia acabado.
Não foi uma captura espetaculosa, com tiros ou perseguições. Foi silenciosa, eficaz. Como deve ser.
O peso da sentença e a dor das vítimas
Quarenta e cinco anos. Quase meio século atrás das grades. A sentença, aplicada pela 1ª Vara Criminal de Ponte Nova, não deixa margem para dúvidas sobre a gravidade dos crimes. São quatro vidas infantis marcadas por trauma e medo — e que, espera-se, possam agora respirar um pouco mais aliviadas.
O que se passa na cabeça de alguém que comete algo assim? Difícil entender. A sociedade, claro, reage com revolta. E alívio, agora que ele está preso.
O que acontece a seguir?
O foragido foi levado para a cadeia pública de Ponte Nova. Desta vez, dificilmente escapará. A Justiça determinou sua prisão preventiva, e ele responderá por descumprir a sentença anterior — além de, naturalmente, cumprir a pena que lhe foi imposta.
Casos como esse são um lembrete sombrio de que o mal existe, sim, mas também de que ele não costuma vencer indefinidamente. A lei chega. Pode demorar — mas chega.
E as crianças? Que possam, de algum modo, reconstruir a infância que lhes foi roubada.