Falso líder religioso é preso no Piauí por crimes hediondos contra vulneráveis
Falso pastor preso por crimes contra vulneráveis no Piauí

Eis que a fé, esse sentimento tão puro e genuíno, vira moeda de troca nas mãos de pessoas com intenções das mais torpes. No Piauí, a polícia prendeu um indivíduo que — pasmem — se fazia passar por líder religioso para cometer atrocidades.

O caso é daqueles que dão calafrios. O sujeito, identificado como Francisco das Chagas Silva — mas que certamente não trazía nenhuma chaga sagrada —, agia na cidade de Picos. Usava a batina da falsa devoção para se aproximar de vítimas em situação de vulnerabilidade.

Como será que alguém tem coragem de manipular a fé alheia? Pois é… Ele se aproximava das famílias, ganhava confiança, e depois… Bem, depois cometia os crimes mais vis imagináveis.

► A INVESTIGAÇÃO: COMO TUDO VEIO À TONA

Nada disso foi rápido, claro. A Polícia Civil trabalhou durante meses — investigações sigilosas, que só agora vieram a público. Dois inquéritos correndo em paralelo, ambos por estupro de vulnerável. As vítimas? Duas adolescentes, de 13 e 14 anos. Gente ainda começando a vida, criando esperanças…

E o pior: uma delas tinha deficiência intelectual. Ou seja, ainda mais frágil, ainda mais dependente da proteção alheia. E ele, o falso pastor, fez o quê? Abusou. Violou. Traiu.

► A PRISÃO: FINALMENTE, UMA RESPOSTA

A ordem de prisão preventiva saiu na terça-feira, 16 de setembro. Não foi algo simples — a delegada Keylla Laís, titular da 3ª Delegacia Regional de Picos, comandou a operação. A captura aconteceu sem resistência, mas com um peso enorme de simbolismo.

Afinal, prender não é só trancafiar. É mandar um recado. É dizer que disfarces piedosos não enganam a lei.

— A investigação mostrou que ele se aproveitava da confiança das famílias e da condição das vítimas — explicou a delegada, com aquela serenidade profissional que esconde, imagino, uma certa revolta interior.

► O QUE ISSO SIGNIFICA?

Além da óbvia violência, casos assim geram um dano colateral imenso: minam a confiança em comunidades religiosas sérias. Criam um rastro de descrença e medo. Quantos pastores, padres, líderes de verdade, agora serão olhados com desconfiança por causa de um único impostor?

É de cair o queixo — e o ânimo.

Agora, ele responde perante a Justiça. E que a resposta seja à altura da crueldade dos crimes. Porque algumas coisas não têm perdão — nem divino, nem humano.