Imagine abrir a porta da sua casa para alguém que diz querer ajudar — e na verdade estar entregando sua confiança a uma criminosa. É exatamente o que vem acontecendo com idosos em Belo Horizonte, onde uma mulher está se passando por fisioterapeuta para aplicar golpes repugnantes.
O caso — que já está sendo investigado pela polícia — mostra uma frieza impressionante. Ela chega nas residências vestindo roupas que imitam um uniforme médico, carregando até uma pasta com documentos falsos. Parece legítima? Pois é… essa é a armadilha.
Como age a golpista
Ela bate na porta, se identifica como fisioterapeuta e diz que foi enviada por algum posto de saúde ou programa municipal. Os idosos, muitas vezes sozinhos e com necessidade de acompanhamento, naturalmente acreditam. Afinal, quem desconfiaria de quem parece estar ali para cuidar?
Mas aí… a coisa desanda. Durante a suposta sessão — que obviamente não tem nenhum fundamento técnico —, ela distrai a vítima, mexe em bolsas, gavetas, e some com valores, joias ou documentos. Alguns percebem na hora. Outros só mais tarde, quando o dano já está feito.
O sentimento que fica: medo e desconfiança
Não é só o prejuízo material, claro. A sensação de violação, de ter sido enganado dentro da própria casa, é devastadora. Muitos idosos ficam com medo de receber qualquer tipo de assistência depois disso. E olha que coisa triste: quem acaba pagando é justamente quem precisa de ajuda de verdade.
— É um crime covarde. Eles se sentem vulneráveis duas vezes: pela idade e pela quebra de confiança — comenta uma vizinha de uma das vítimas, que preferiu não se identificar.
A polícia está em campo — mas a prevenção é crucial
Autoridades já estão cientes e investigam as ocorrências. Recomendam que familiares orientem seus idosos a sempre desconfiarem de atendimentos não agendados — e, principalmente, que exijam identificação oficial e confirmação por telefone com o serviço de saúde que supostamente enviou o profissional.
Se alguém bater na sua porta dizendo ser da saúde, não abra antes de verificar. Ligue para a unidade básica, consulte se realmente há algum encaminhamento. Melhor pecar pelo excesso de cautela do que passar por uma situação dessas.
E se notar algo suspeito, algo que não soa certo… não pense duas vezes: disque 190. Às vezes, a denúncia anônima pode evitar que outra pessoa seja vítima.
No fim das contas, é um alerta sobre como estamos cuidando dos nossos idosos. E também sobre como golpistas se aproveitam da boa-fé alheia — sem um pingo de remorso.
