
O coração de São João do Paraíso, no Vale do Jequitinhonha, ficou pesado nesta quarta-feira (18). Uma daquelas notícias que ninguém quer receber — uma criança de apenas quatro anos, que mal começava a descobrir o mundo, perdeu a vida de maneira trágica e absolutamente evitável.
Tudo aconteceu por volta do meio-dia, numa propriedade rural da zona rural. Segundo as primeiras informações que corriam soltas entre os moradores — e que depois foram confirmadas pela Polícia Militar —, o menino estava brincando perto de onde um funcionário manobrava uma pa carregadeira. Um daqueles gigantes de metal que, num piscar de olhos, viram uma arma.
O operador, coitado, simplesmente não viu a criança. Num movimento de vai e vem, a máquina acabou por atingir o pequeno. O susto, o desespero, o grito que deve ter ecoado naquele campo… é de cortar o coração.
Corrida contra o tempo
Imediatamente, o samu foi acionado. Uma corrida contra o tempo que, infelizmente, não foi vencida. Ao chegarem ao local, os paramédicos só puderam constatar o óbito. Imagina o desespero da família? A dor de perder um filho em circunstâncias tão brutais?
O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Taiobeiras, cidade vizinha, onde passará por exame necroscópico. Enquanto isso, a PM assumiu o caso e abriu investigação para apurar as circunstâncias exatas do acidente. Será que foi falta de sinalização? Distração? Um ponto cego da máquina? Tudo está sendo looked into.
Um luto que ecoa na comunidade
Num lugar pequeno como São João do Paraíso, uma tragédia dessas atinge todo mundo. Não é só uma família que chora — é a cidade inteira que fica de luto. As redes sociais já estão cheias de mensagens de solidariedade, mas também de indignação. Como algo assim ainda acontece?
E isso me faz pensar: quantas vezes a gente vê maquinário pesado operando perto de crianças em zonas rurais, como se não houvesse perigo? É aquela velha cultura de que "no interior é tudo mais seguro", mas a verdade é que o perigo mora ao lado — especialmente quando a atenção divide espaço com a pressa do trabalho.
O caso agora está nas mãos da justiça — e, com certeza, vai servir de alerta para outras famílias e produtores rurais. Porque no campo, assim como na cidade, a segurança tem que vir em primeiro lugar. Sem desculpas, sem atalhos.