
Era pra ser só mais um dia normal. Aquele abraço rápido antes de sair, um "te amo, mãe" jogado no ar enquanto a porta batia. Ninguém — absolutamente ninguém — imaginaria que seriam as últimas palavras dele. Mas a vida tem dessas crueldades sem explicação.
No município alagoano de Santana do Ipanema, o caos se instalou na tarde de quarta-feira (7). Um menino de 13 anos, cheio de sonhos e planos (como todo adolescente deveria ser), teve sua vida interrompida de maneira brutal. E o pior? Tudo aconteceu a poucos metros de onde se sentia seguro.
O que se sabe até agora
Segundo testemunhas — ainda sob choque —, o garoto foi abordado por pelo menos dois indivíduos. Não houve discussão, nem briga. Só tiros. Muitos tiros. Quando a polícia chegou, já era tarde demais.
"A gente ouviu os disparos, mas pensou que fosse fogos", conta uma vizinha, as mãos tremendo enquanto segurava um copo d'água. "Quando vi a cena... meu Deus, ele era só uma criança."
Reação da família e comunidade
A mãe, que prefere não se identificar, está despedaçada. "Ele saiu pra comprar pão", repete, como se as palavras pudessem trazer o filho de volta. Enquanto isso, velas e flores começam a aparecer no local — um memorial improvisado que dói nos olhos.
Nas redes sociais, a revolta:
- "Até quando isso vai continuar?"
- "Cadê o direito de crescer em paz?"
- "Precisamos de respostas. Urgente."
A delegacia regional já abriu inquérito, mas ninguém segura o fôlego por justiça. Afinal, quantos casos como esse ficam impunes? A pergunta fica no ar, amarga como café requentado.