Não é todo dia que a cidade acorda com notícias assim, mas desta vez a Zona Leste de Manaus foi palco de um ataque incomum. Pelo menos duas câmeras de radares — aquelas que ficam espreitando os motoristas apressados — foram danificadas. E uma? Simplesmente desapareceu. Sumiu. Alguém decidiu que ela não deveria mais ficar ali, na Avenida Camapuã.
Segundo testemunhas, o estrago foi feito durante a madrugada. Ninguém viu direito, claro. A cidade dormia, e os vândalos agiram como sombras. Mas o resultado está lá: equipamentos públicos destruídos, fios arrancados, e uma câmera a menos para fiscalizar quem insiste em correr onde não deve.
O que dizem as autoridades?
O Detran-AM já foi acionado e prometeu apurar o caso. "Isso é um absurdo", disse um funcionário que preferiu não se identificar. "Esses equipamentos custam caro e protegem vidas." E tem razão. Só no ano passado, os radares da região registraram mais de 3.000 infrações. Agora, com um a menos, a fiscalização fica capenga.
Mas quem faria isso? Algum motorista revoltado? Um grupo organizado? Ou apenas baderneiros de plantão? A polícia ainda não tem pistas concretas, mas já sabe que o prejuízo vai pesar no bolso do contribuinte. Afinal, consertar ou repor esses equipamentos não sai barato.
E agora, como fica o trânsito?
Sem uma das câmeras, a Avenida Camapuã pode virar um convite à imprudência. Quem passa por lá diariamente já sabe: o trecho é movimentado, e alguns motoristas adoram acelerar quando acham que ninguém está olhando. Pois é, agora talvez achem que podem mesmo.
Enquanto isso, os moradores da região torcem para que os responsáveis sejam identificados. "Isso é falta do que fazer", reclama Dona Maria, que vive há 20 anos no local. "Em vez de estragar o que é público, podiam arrumar um emprego." Difícil discordar.
