
Era pra ser só mais uma noite qualquer em Santarém. Mas o que aconteceu na Avenida Quinze de Novembro na última sexta-feira vai deixar marcas permanentes - na calçada, nas famílias envolvidas, na memória da cidade.
Testemunhas ainda parecem estar processando a cena surreal: um carro prateado, um golpe seco, um corpo sendo lançado como um boneco. João Victor Silva Santos, 22 anos, não resistiu aos ferimentos. O que deveria ser uma caminhada rotineira transformou-se em pesadelo.
E aqui vem a parte que deixa a coisa ainda mais arrepiante: segundo relatos da família, minutos antes da tragédia, o motorista - identificado apenas como 'J. A. S.' - teria feito uma declaração sinistra. Disse que daria um 'susto' no jovem. Brincadeira? Ameaça? O resultado, sabemos todos, foi catastrófico.
Os minutos que precederam o irreparável
Detalhes emergiram nas horas seguintes. O suspeito, homem de 37 anos, não estaria sozinho no veículo. Haveria outra pessoa com ele - alguém que agora testemunha para a polícia. Imagina a carga emocional disso?
A Delegacia de Homicídios assumiu o caso, tratando-o como homicídio culposo no trânsito. Mas aí que mora o perigo - desculpem o trocadilho horrível - dessa classificação. Culposo significa sem intenção de matar. Só que quando você anuncia que vai assustar alguém com uma máquina de uma tonelada... onde fica a linha tênue entre o acidente e a negligência criminosa?
O que dizem as testemunhas
Conversamos com pessoas que preferiram não se identificar - compreensível, né? A narrativa que surge é perturbadora. O carro não estaria em alta velocidade inicialmente, mas sim fazendo manobras... estranhas. Como se estivesse realmente tentando assustar pedestres.
João Victor, coitado, tentou se desviar. Não deu tempo. O impacto foi violento, direto. Algo que nenhuma família deveria passar.
O vazio que ficou
João Victor era mais um jovem tentando a vida. Trabalhava, tinha sonhos, amava sua família. Agora, parentes se revezam entre o luto e a busca por justiça.
O suspeito, após o atropelamento, parou o carro. Não fugiu. Será que ele também não acreditava no que havia feito? Ou seria um gesto de responsabilidade tardia? A polícia investiga.
O corpo de João Victor foi levado para o IML local. Autópsia vai detalhar a extensão dos ferimentos. Enquanto isso, a família aguarda - e exige - respostas.
Trânsito em Santarém nunca foi brincadeira, mas episódios como esse... eles nos lembram que um segundo de imprudência pode custar uma vida inteira. E que 'brincadeiras' no volante não têm graça nenhuma.