Professor de Música é Executado a Tiros em Salvador Após Briga no Trânsito — A Tragédia que Choca a Capital Baiana
Professor morto a tiros após briga de trânsito em Salvador

Era pra ser só mais um dia comum, sabe? Aquela correria de quarta-feira qualquer em Salvador. Mas pro professor de música Eraldo Gabriel, 46 anos, o dia 27 de agosto virou o último — e de um jeito brutal, que deixa qualquer um com um nó na garganta.

Tudo começou com uma discussão besta, daquelas que a gente vê todo dia no trânsito caótico da capital baiana. Um bate-boca por causa de uma fechada, um xingamento aqui, outro ali. Coisa de dois minutos. Só que dessa vez, a coisa não terminou com cada um indo pro seu lado xingando no baixo.

Testemunhas contam — e a polícia tá correndo atrás das pistas — que o agressor, num acesso de fúria que ninguém consegue explicar direito, simplesmente sacou uma arma e atirou. Não foi um tiro, foram cinco. Cinco! O professor não teve a menor chance. O cara fugiu que nem um covarde, deixando Eraldo caído na Rua Direita da Piedade, no coração da cidade.

O que Sobrou do Horror

No local, a polícia militar encontrou cinco cápsulas 40 — e silêncio. Muito silêncio. Quem viu, não viu. Quem ouviu, tem medo de falar. É sempre assim, não é? O medo falando mais alto que a justiça.

Eraldo era conhecido como um cara tranquilo, da paz. Dava aulas de música, ensinando violão e teclado pra molecada. Transformava barulho em melodia, ironia das mais cruéis ter encontrado seu fim no barulho seco de tiros.

E Agora, José?

A Delegacia de Homicídios (DH) baixou o cacete no caso. Tá tratando como latrocínio — que é quando o crime rola durante um roubo, pra quem não manja dos jurídiquês. Tão vasculhando as câmeras de segurança da região, querendo encontrar qualquer pista desse sujeito que decidiu brincar de deus na via pública.

Enquanto isso, a família de Eraldo — ah, a família — tá tentando entender o que não tem explicação. Como uma discussão de trânsito, daquelas que a gente quase tem todo dia, vira uma sentença de morte? Salvador, cidade de axé e alegria, mostra mais uma vez sua faceta dura, violenta, que a gente teima em não enxergar nos cartões postais.

E a pergunta que fica, ecoando nas ruas estreitas do centro histórico: quando é que a gente vai conseguir andar na rua sem sentir aquele frio na espinha? Sem saber se uma discussão besta vai terminar com a gente estirado no chão? Pergunta que não cala, mas que parece longe de ter resposta.