
Imagine acordar e descobrir que seu carro foi levado. Agora, imagine que, semanas depois, começa a chover multas no seu nome por infrações que você nunca cometeu. Pois é, essa história de pesadelo saiu direto de um roteiro de filme e aterrissou na vida real de um comerciante de Belo Horizonte.
O caso é, no mínimo, para ficar com os cabelos em pé. A caminhonete S10 do empresário foi furtada no último dia 15 de agosto, lá na região do bairro Goiânia. O veículo, claro, sumiu. Mas eis que o inesperado decidiu dar as caras: o talão de multas do Detran-MG resolveu entrar em cena.
O homem — que já estava com o problema de ter o patrimônio roubado — agora se vê às voltas com notificações por excesso de velocidade e avanço de sinal vermelho. Coisas que, obviamente, ele não fez. "É um desrespeito", disparou ele, com uma mistura de revolta e incredulidade na voz.
E Agora, José?
O que fazer quando a máquina pública te cobra por algo que você não fez? O comerciante, preventivamente, já registrou um boletim de ocorrência assim que o veículo foi levado. Mas, pasme: mesmo com o documento em mãos, as multas não dão trégua.
Ele tentou entrar em contato com os órgãos responsáveis — ninguém merece pagar por erro dos outros, né? — mas esbarrou naquelas dificuldades clássicas: central de atendimento que não resolve, prazos que se arrastam e uma sensação angustiante de estar encurralado pelo sistema.
Não É Brincadeira Não, Gente
A situação toda levanta uma leva de questionamentos. Como será que a fiscalização eletrônica funciona na prática? Será que não há um cruzamento — mínimo que seja — entre veículos roubados e a emissão automática de multas?
Porque olha, é de lascar um cidadão trabalhar certinho, perder o carro para a bandidagem e ainda ter que provar que não era ele quem estava ao volante. Parece piada, mas é a pura realidade.
Enquanto isso, o comerciante segue na labuta, tentando resolver essa bagunça toda. Ele já entrou com recursos contra cada multa, mas sabe como é: burocracia no Brasil parece aquela novela que nunca acaba.
O caso dele escancara uma falha gritante no sistema. E serve de alerta para todo mundo: fiquem de olho, porque às vezes o prejuízo pode vir até mesmo de onde a gente menos espera.