Três décadas não passam em vão — e o Disque-Denúncia do Rio de Janeiro tem muito o que comemorar. Desde que surgiu, em 1995, o serviço já contribuiu para a prisão de mais de 21 mil criminosos. Sim, você leu certo: 21 mil. Um número que dá orgulho — e também um certo alívio — para quem vive na cidade.
Não é exagero dizer que o Disque-Denúncia virou uma espécie de "herói anônimo" do Rio. Afinal, quantas vidas foram salvas graças às ligações feitas por moradores corajosos? Quantos crimes foram evitados porque alguém decidiu não ficar calado?
Números que impressionam
Só nos últimos cinco anos, o serviço recebeu mais de 1,5 milhão de denúncias — uma média de quase 300 mil por ano. Desse total, cerca de 70% resultaram em investigações policiais. E olha que a gente nem tá falando só de crimes pequenos: roubos, tráfico de drogas e até homicídios foram solucionados graças a essas informações.
"É uma ferramenta essencial", diz um delegado que prefere não se identificar. "Às vezes, a gente fica semanas atrás de uma pista — e de repente, uma ligação anônima resolve o caso."
Como funciona?
Pra quem não conhece, o serviço é simples (e gratuito):
- Ligue para 2253-1177 ou 0300 253 1177
- Forneça informações sobre atividades criminosas
- Seu anonimato é garantido — sem rastreio, sem identificação
E tem mais: denúncias sobre crimes contra crianças e adolescentes podem ser feitas também pelo número 100. Porque, convenhamos, proteger os mais vulneráveis é dever de todos.
Desafios e futuro
Claro que nem tudo são flores. Manter um serviço desses funcionando por 30 anos não foi — e não é — fácil. A coordenação do Disque-Denúncia enfrenta diariamente desafios como falta de recursos e tentativas de sabotagem (sim, criminosos tentam derrubar o sistema).
Mas a equipe segue firme. "A cada ligação, a gente sabe que pode estar salvando uma vida", comenta uma das atendentes, que trabalha há 15 anos no projeto. "Isso não tem preço."
E você? Já usou o Disque-Denúncia? Se não usou, tá esperando o quê? Afinal, segurança pública é responsabilidade de todos — e o Rio agradece.
