Reconhecimento facial nas delegacias: autor denuncia racismo policial e alerta para riscos
Reconhecimento facial nas delegacias: racismo na tecnologia

O uso de sistemas de reconhecimento facial em delegacias brasileiras tem sido alvo de críticas por parte de especialistas. Em entrevista, um autor renomado destacou o caráter racista dessa tecnologia, que frequentemente identifica erroneamente pessoas negras como suspeitas.

Falhas no sistema ampliam desigualdades

Segundo o especialista, os algoritmos utilizados apresentam taxas significativamente maiores de falsos positivos quando analisam rostos de pessoas negras. "Isso não é um bug, é uma característica do sistema", afirmou, destacando como o viés racial está embutido na tecnologia.

Impactos na segurança pública

O reconhecimento facial nas delegacias pode:

  • Aumentar a criminalização da população negra
  • Fortalecer estereótipos racistas
  • Comprometer investigações policiais
  • Violar direitos humanos básicos

Dados alarmantes mostram que em alguns estados brasileiros, até 80% das identificações feitas por reconhecimento facial em pessoas negras estão erradas. Esse erro sistemático tem levado a prisões injustas e violações de direitos.

Regulamentação urgente

O autor defende a criação de normas rígidas para o uso dessa tecnologia, incluindo:

  1. Transparência nos algoritmos utilizados
  2. Testes obrigatórios de viés racial
  3. Fiscalização independente
  4. Responsabilização por erros

Enquanto não houver mudanças significativas, o especialista alerta que o reconhecimento facial nas delegacias continuará sendo uma ferramenta de opressão racial disfarçada de tecnologia de segurança.