Sistema prisional do RJ está 17 mil presos acima da capacidade — secretário alerta para crise
Prisões do RJ superlotadas: 17 mil além da capacidade

Imagine tentar enfiar um elefante num fusca. Agora multiplique isso por 17 mil. É mais ou menos o que acontece no sistema prisional do Rio de Janeiro hoje — um caos que virou rotina.

O secretário de Administração Penitenciária, William Amorim, soltou um dado que dá arrepios: as cadeias fluminenses estão operando com 16.927 pessoas a mais do que deveriam. Isso mesmo, não é erro de digitação.

Números que assustam (e muito)

Enquanto a capacidade total do sistema é de 27.073 vagas, atualmente há 44 mil almas trancafiadas por aí. Faz as contas — a conta não fecha, nunca fechou, e piora a cada mês.

"É como tentar apagar incêndio com gasolina", desabafa um agente penitenciário que prefere não se identificar. O clima? Tensão no talo. De um lado, presos amontoados como sardinhas. De outro, servidores no limite da exaustão.

E as soluções?

O secretário jura que não está cruzando os braços. Entre os planos — alguns mais realistas que outros — estão:

  • Ampliação de vagas em unidades já existentes (remodelar o que já está caótico)
  • Construção de novos presídios (mas cadê o dinheiro?)
  • Parcerias com municípios (ninguém quer cadeia no quintal)

Enquanto isso, nos bastidores, rola um jogo de empurra-empurra entre governo estadual e federal. Cada um diz que a bomba é do outro. E os presos? Esses continuam lá, no meio do fogo cruzado.

Não é de hoje que especialistas batem na tecla: sem políticas sérias de alternativas penais, o sistema vai continuar sendo essa panela de pressão prestes a explodir. Mas convenhamos — quando foi a última vez que alguém realmente se importou com o assunto?