
Numa ação que pegou até os mais desconfiados de surpresa, a Polícia Civil do Rio de Janeiro botou o pé no acelerador e apreendeu nada menos que 317 celulares no Mercado Popular da cidade. E olha que não foi qualquer operaçãozinha meia-boca - os agentes trabalharam com informações de que o local virou ponto quente para receptação de aparelhos roubados.
Segundo fontes próximas à investigação, a coisa tava feia: "Tinha até esquema de desbloqueio funcionando ali, como se fosse uma lojinha de conserto normal". Só que, claro, sem nota fiscal pra nenhum dos iPhone e Samsung top de linha que circulavam por lá.
Como foi a operação
Os policiais chegaram cedinho, por volta das 6h, quando o movimento ainda tava começando. "A gente sabia que se chegasse no horário de pico ia virar um caos", contou um dos delegados envolvidos, que preferiu não se identificar. E não deu outra - em menos de duas horas, já tinham revistado mais de 50 boxes e encontrado os aparelhos escondidos nos lugares mais criativos (ou seria desesperados?).
- Dentro de caixas de cereal vazias
- Escondidos em sacos de feijão
- No meio de pilhas de roupas usadas
O que mais chamou atenção foi a quantidade de modelos novos - vários lançados há menos de 3 meses. "Isso mostra que a receptação tá rolando solta", lamentou um dos investigadores, enquanto anotava os números IMEI dos aparelhos.
E agora?
Os celulares apreendidos vão passar por perícia pra tentar descobrir de onde vieram. Se forem mesmo roubados, a polícia vai tentar localizar os donos originais - mas convenhamos, com a quantidade que tem, vai dar um trabalhão. Enquanto isso, os comerciantes flagrados com os aparelhos podem responder por receptação qualificada, que dá até 8 anos de cadeia.
E tem mais: a delegacia especializada em roubo de celulares já tá de olho em outros mercados populares da cidade. "Onde tem muito movimento e pouca fiscalização, o crime se instala", avisou o delegado-chefe, fazendo aquela cara de quem já viu esse filme antes.