Dono de Imóvel Preso no RJ: Propriedade Usada como Esconderijo em Crime que Chocou o País
Dono de imóvel preso por abrigar suspeitos de matar promotor

A coisa esquentou de vez para o proprietário de um imóvel no bairro de Inhaúma, Zona Norte do Rio. A polícia prendeu em flagrante o homem depois de descobrir que sua casa teria servido de abrigo para dois dos principais suspeitos do assassinato brutal do promotor de justiça Ruy Ferraz. E olha que o caso não para de dar voltas.

Segundo as investigações, que avançam a passos largos, o tal imóvel foi usado como ponto de apoio logo após o crime. Dois homens, identificados como Maxuel da Soledade e Adriano de Paula, foram capturados dentro da propriedade. Acredita-se que eles sejam os executores diretos do promotor.

Não é todo dia que um promotor é assassinado a sangue frio no Rio, e o caso gerou comoção nacional. Ruy Ferraz tinha 62 anos e uma carreira sólida. Foi metralhado dentro do próprio carro, numa rua de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Brutalidade pura.

As Peças do Quebra-Cabeça se Encaminham

O dono do imóvel, cujo nome não foi divulgado, foi detido sob a acusação de auxiliar criminosos após a prática de um homicídio qualificado. A defesa dele, claro, nega tudo. Alega que o homem não tinha conhecimento das atividades dos inquilinos. Mas a polícia não comprou a história.

Além dessas três prisões, um quarto suspeito, apontado como o "marinheiro" da operação — o motorista do carro usado na fuga — também foi capturado. Ele já estava detido em Bangu, cumprindo pena por outros crimes. A justiça determinou a transferência dele para o presídio de segurança máxima de Benfica.

E não para por aí. A polícia também emitiu um mandado de prisão temporária contra outra pessoa, suspeita de envolvimento no aluguel do imóvel usado como esconderijo. Tudo indica que a rede de apoio aos criminosos era maior do que se imaginava.

Um Crime que Abalou a Justiça Carioca

Ruy Ferraz não era um promotor qualquer. Ele atuava na 3ª Promotoria de Justiça de Homicídios de Nova Iguaçu e tinha nas mãos processos pesados, incluindo investigações sobre milícias e extermínio. Muita gente poderia querê-lo silenciado.

O assassinato ocorreu no dia 10 de maio, por volta das 19h. Testemunhas relataram que dois homens se aproximaram do veículo do promotor e efetuaram vários disparos. Fuga imediata. Nada de roubo. A execução foi rápida e profissional.

O caso segue sob investigação da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), com o apoio do Gaeco, o grupo que combate o crime organizado no Ministério Público. E uma pergunta paira no ar: será que o mandante já está no radar das autoridades?