
Era pra ser mais uma manhã qualquer na Comunidade Mandela, Zona Norte do Rio, mas o barulho de motores e gritos cortou o ar como um aviso. Assim que as viaturas apareceram no horizonte, um grupo de homens — alguns com mochilas suspeitas — saíram em disparada, pulando muros e escadarias como se estivessem em um filme de ação.
Moradores que presenciaram a cena contam que a cena foi "surreal": "Eles corriam como se tivessem visto o diabo, deixando até bonés pra trás", relatou um senhor que preferiu não se identificar. A polícia, é claro, não perdeu tempo. Dois suspeitos foram detidos após uma perseguição que durou quase 20 minutos — um deles tropeçou em um fio de varal, o que rendeu até risadas entre os vizinhos.
Operação surpresa (ou quase)
Segundo fontes da delegacia, a ação faz parte de uma investigação sobre roubo de cargas na região. Mas aqui vai o detalhe que todo mundo comenta: os criminosos pareciam estar avisados. "Tinha olheiro em cada esquina", comentou um agente, esfregando o rosto cansado. Resta saber se foi vazamento ou apenas o velho "rádio peão" das comunidades.
Ao longo do dia, a PM revistou pelo menos cinco casas — encontrando, pasmem, um arsenal improvisado escondido atrás de uma geladeira velha. Armas artesanais, munição e até um colete à prova de balas caseiro (que mais parecia uma fantasia de Halloween).
E os moradores?
Ah, esses ficaram divididos. Enquanto alguns aplaudiam a ação — "tá certo, tem que limpar essa zona" —, outros reclamavam do "estrago" nas portas e do medo das crianças. Dona Maria, dona de um boteco local, resumiu: "Todo mundo sabe quem faz bagunça aqui. Mas falar? Só se for louco".
Por volta das 14h, a rotina voltou ao "normal" — se é que existe normalidade num lugar onde sirenes e tiros são parte da trilha sonora diária. A PM prometeu reforçar o patrulhamento, mas os moradores já sabem: amanhã pode ser outro dia, outra correria, outra história mal contada.