
Imagine acordar com gritos, portas batendo e ameaças veladas — essa tem sido a rotina de moradores de um bairro tranquilo no interior paulista. O causador? Um advogado que, segundo registros policiais, já acumula nada menos que 18 boletins de ocorrência por intimidação.
Os relatos são de arrepiar: desde xingamentos em tom de desafio até promessas de "consequências" para quem ousasse reclamar do barulho de reformas intermináveis. "Ele age como se a lei não valesse para ele", desabafa uma vizinha que preferiu não se identificar — com razão, diga-se.
Padrão preocupante
O que começou como desentendimentos pontuais virou um verdadeiro pesadelo coletivo. Entre as ocorrências mais graves:
- Ameaças de processo por "assedio moral" contra idosos
- Tentativas de invadir propriedades alheias
- Uso indevido de sua formação jurídica para coagir testemunhas
Curiosamente (ou não), o réu confesso parece ter uma queda por timing dramático — boa parte dos incidentes ocorre nos fins de semana, quando a delegacia local funciona com plantão reduzido.
O outro lado da moeda
Quando confrontado, o advogado alega "perseguição política" e "preconceito profissional". Mas os vizinhos rebatem: "Isso não é defesa, é manual do infrator experiente", dispara um comerciante da região.
O caso tomou proporções tão absurdas que virou assunto até no café da manhã da pracinha. E olha que, no interior, quando o papo chega no boteco, a coisa já passou do ponto faz tempo.
Enquanto a justiça não age — e os BOs viram papel de parede na delegacia —, os moradores seguem num jogo perigoso de gato e rato. Ou melhor, de togados e cidadãos comuns.