
Imagine economizar durante anos, planejar cada detalhe e, de repente, ver seu sonho desmoronar por causa de um papel com a palavra "falência". Foi exatamente isso que aconteceu com a família Silva (nome fictício para preservar a identidade), de Ribeirão Preto, que viu R$ 35 mil evaporarem como fumaça.
Aconteceu no último dia 15. A agência "Mundo Afora Turismo", onde haviam comprado um pacote luxuoso para conhecer Paris, Roma e Barcelona, simplesmente... sumiu do mapa. Sem aviso, sem explicação — só um comunicado seco no site dizendo que estavam "encerrando atividades imediatamente".
O golpe veio de surpresa
"A gente tava até escolhendo os passeios, comprei malas novas, tudo..." — conta Mariana, a mãe da família, ainda com voz embargada. O pior? O dinheiro não tinha como voltar. A operadora de cartão alegou que o prazo para contestar já havia passado, e o seguro? Bem, esse cobria apenas doenças ou morte, não falência empresarial.
Detalhe cruel: as passagens aéreas já estavam emitidas. Mas sem a hospedagem e os traslados que a agência deveria providenciar, ficaram inúteis. "Parece piada de mau gosto: temos como ir, mas não temos onde ficar", ironiza Carlos, o pai.
E agora, José?
Procon já foi acionado, mas as perspectivas são cinzas. Advogados especializados ouvidos pela reportagem foram diretos: "Recuperar esse valor vai ser trabalho de Sísifo". Enquanto isso, a família tenta:
- Reunir provas de todos os contatos com a agência
- Buscar outros clientes na mesma situação para ação coletiva
- Descobrir se há algum bem da empresa para penhora
Moral da história? Se você está planejando aquela viagem dos sonhos, fique de olho:
- Pesquise MUITO a reputação da agência
- Prefira pagamentos em cartão (que dão mais chance de chargeback)
- Verifique se o seguro cobre esse tipo de situação
Enquanto isso, a família Silva tenta se consolar com um churrasco no fim de semana. "Pelo menos a gente ainda tem um teto e saúde", filosofa Mariana, tentando encontrar algum lado bom nessa bagunça toda.