Um escândalo que mistura abuso de confiança e vulnerabilidade abalou Passo Fundo nesta sexta-feira (19). O ex-coordenador do Procon local — sim, aquele órgão que deveria proteger os consumidores — foi indiciado por um crime que deixa qualquer um com os cabelos em pé: apropriar-se de dinheiro de idosos que buscavam justamente ajuda.
Detalhes que dão raiva: segundo as investigações, o ex-funcionário público aproveitava sua posição para aplicar golpes em aposentados durante os atendimentos. A quantia exata ainda não foi divulgada, mas fontes próximas ao caso afirmam que não foram valores pequenos — estamos falando de economias de uma vida inteira.
Como o esquema funcionava?
Parece roteiro de filme, mas infelizmente é a pura realidade:
- Vítimas chegavam ao Procon buscando resolver problemas com fornecedores ou empresas
- O acusado se oferecia para "facilitar" os processos
- Pedia quantias em dinheiro sob pretexto de taxas ou "agilização" de serviços
- Os valores sumiam — junto com a promessa de ajuda
E o pior? Muitas vítimas só perceberam o golpe meses depois, quando nada do prometido foi cumprido. Alguns idosos relataram terem ficado com vergonha de denunciar antes — detalhe que corta o coração.
Reação das autoridades
O Ministério Público já está com o caso nas mãos e, segundo nosso apuração, as provas são contundentes. Documentos, testemunhos e até gravações comprovariam as acusações. O ex-coordenador, cujo nome ainda não foi divulgado oficialmente, pode responder por apropriação indébita e até por crimes contra a administração pública.
"É revoltante ver alguém que deveria proteger usar sua posição para enganar justamente quem mais precisa", disparou uma fonte do MP que preferiu não se identificar. E não é pra menos — afinal, quanta maldade cabe num coração só?
Enquanto isso, na prefeitura local, o clima é de constrangimento misturado com indignação. O atual responsável pelo Procon garantiu que todos os procedimentos foram revistos e que novos mecanismos de controle já estão em vigor. "Nunca mais", prometeu, com a cara fechada de quem leva um baile na reputação.
Moradores da região — especialmente os mais velhos — estão em choque. "A gente vai pra onde pedir ajuda agora?", questionou Dona Maria, 72 anos, enquanto segurava com força a bolsa no ponto de ônibus. Medo? Desconfiança? É o que sobra quando a fé nas instituições é traída.
