Cliente vence batalha judicial e será indenizado por app após confusão com pedido cancelado e chegada da polícia
App terá que indenizar cliente após confusão com polícia

Imagina a cena: você abre o app, faz aquele pedido que está te salvando a noite, e de repente... puff. Cancelado. Mas e se essa frustração comum virasse um pesadelo com direito à chegada de viaturas? Pois é, aconteceu mesmo.

Um cliente em Mato Grosso do Sul viveu essa situação digna de filme – e saiu vitorioso. A confusão toda começou com um simples pedido de comida, que foi cancelado pela plataforma de delivery. Só que aí, meu amigo, a coisa descambou feio.

Não satisfeitos em simplesmente cancelar, os envolvidos – ainda não está claro exatamente quem – deram um passo surreal: acionaram a polícia para resolver a questão. Sim, você leu direito. A PM chegou ao local para tratar de um... pedido de comida que não saiu.

O cliente que virou réu sem saber

O consumidor, que só queria jantar, se viu no meio de um conflito completamente desproporcional. Em vez de um reembolso ou um vale-desconto, ganhou uma visita inesperada das autoridades. A situação foi tão absurda que chegou às portas do Juizado Especial Cível – aquela justiça mais acessível para causas de menor valor.

E adivinha só? A empresa responsável pelo app nem se deu ao trabalho de apresentar sua versão dos fatos. Ficou em silêncio, como quem espera que a poeira baixe sozinha. Só que a poeira não baixou.

O veredito: vitória para o consumidor

A juíza Gabriela Moreira Lopes, da 2ª Vara Cível de Campo Grande, não teve dúvidas: a plataforma agiu de forma irregular. Na decisão, ela deixou claro que a empresa falhou redondamente no seu dever de prestar um serviço adequado – e ainda gerou um constrangimento público desnecessário para o cliente.

O resultado? Uma indenização por danos morais que vai fazer a empresa pensar duas vezes antes de chamar a polícia para resolver problema de delivery. O valor exato não foi divulgado, mas a vitória é simbólica para todos nós que já passamos raiva com apps.

E tem um detalhe importante: a empresa ainda pode recorrer da decisão. Mas a sentença já mandou um recado claro: consumidor não é brinquedo, e serviço por app tem que ser levado a sério – dos dois lados.

No fim das contas, a história serve de alerta. Num mundo cada vez mais digital, onde a gente compra tudo com um clique, às vezes esquecemos que por trás da tela existem direitos – e deveres. E que chamar a polícia por um pedido de comida cancelado... bem, isso é pedir para acabar no juizado.