MC Poze lidera protesto em frente a presídio: 'Liberdade para Oruam' vira grito de guerra
MC Poze lidera ato por liberdade de Oruam em presídio

Era pra ser mais um dia qualquer na porta do presídio, mas a cena que se desenrolou ontem parecia saída de um roteiro de filme. MC Poze, aquele mesmo que coloca fogo nos palcos com seus versos afiados, trocou o microfone por um megafone e liderou um protesto que parou o trânsito e chamou a atenção de quem passava.

"Tá na cara que tem coisa errada aí", disparou o funkeiro, suando a camiseta no sol de rachar do Rio. A multidão, um mix de fãs, familiares e curiosos, ecoava o refrão: "Liberdade pro Oruam!" – nome que virou mantra nas redes e agora ganhava as ruas.

O clima no local

De repente, aquela calmaria enganosa do entorno do complexo penitenciário virou um caldeirão de emoções. Crianças com cartazes feitos à mão, mães com fotos dos filhos no peito, rappers improvisando versos de protesto – cada detalhe contava uma história diferente da mesma luta.

"A gente não tá pedindo favor, tá exigindo justiça", berrou uma senhora que preferiu não se identificar, enquanto ajustava os óculos escuros com mãos trêmulas. Do lado oposto da rua, dois PMs trocavam olhares – será que era tensão ou só o calor de 35°C?

Os bastidores do protesto

Pouca gente sabe, mas a organização do ato foi tão rápida quanto um funk de 150 BPM. Tudo começou com um stories no Instagram do Poze na terça-feira passada, e em 72 horas virou um movimento que nem os organizadores esperavam.

  • 10h: Primeiros manifestantes chegam com faixas caseiras
  • 11h30: MC Poze aparece de boné e óculos escuros
  • 12h45: Coro coletivo toma conta da avenida
  • 14h: Delegacia emite nota sobre "tranquilidade no local"

E enquanto isso, nas redes sociais? Viralizou mais que receita de bolo de pote. Hashtags relacionadas ao protesto bateram 1,2 milhão de menções antes do pôr do sol – número que deixaria qualquer assessor de celebridade com inveja.

O que vai acontecer agora? Difícil dizer. Mas uma coisa é certa: depois de hoje, ninguém vai olhar pra esse caso do mesmo jeito. Como diria o próprio Poze num trecho improvisado: "Quando a voz do povo ecoa, até muro de presídio treme". E olha que ele não tá errado.