
O tribunal de Maceió deu início nesta segunda-feira (26) ao julgamento do acusado pelo assassinato brutal da farmacêutica Maria Eduarda Alves, de 28 anos. O crime, cometido a pedradas, chocou a capital alagoana e ganhou repercussão nacional.
Segundo a acusação, o réu, cuja identidade não foi divulgada, atacou a vítima na madrugada do dia 15 de março, no bairro do Farol. Testemunhas afirmam que o acusado teria agido de forma premeditada, perseguindo a farmacêutica por vários quarteirões antes do ataque fatal.
Detalhes do crime
Maria Eduarda foi encontrada inconsciente por moradores da região, com múltiplos traumatismos cranianos. Apesar do rápido socorro, ela não resistiu aos ferimentos e faleceu no hospital.
As investigações revelaram que a vítima estava voltando do trabalho quando foi abordada. A polícia encontrou no local várias pedras com marcas de sangue, que foram encaminhadas para perícia.
Andamento do processo
O julgamento está sendo realizado no Fórum Desembargador Francisco de Paula Leite. A promotoria pede a condenação por homicídio qualificado, alegando crueldade e impossibilidade de defesa da vítima.
A defesa do acusado argumenta que seu cliente agiu sob forte comoção emocional, mas não apresentou até o momento provas que sustentem essa tese.
Repercussão social
O caso mobilizou movimentos feministas e de direitos humanos em Alagoas. Um protesto está marcado para esta terça-feira (27) em frente ao fórum, pedindo justiça para Maria Eduarda.
Parentes da vítima compareceram ao primeiro dia de julgamento e afirmaram esperar que a justiça seja feita. "Ela era uma profissional dedicada e uma pessoa maravilhosa. Não merecia esse fim", declarou a irmã da farmacêutica.
O julgamento deve continuar ao longo da semana, com a oitiva de testemunhas e a apresentação de provas periciais.