Juiz embriagado atropela ciclista e ainda recebe R$ 130 mil por mês — absurdo ou justiça?
Juiz bêbado atropela ciclista e ganha R$ 130 mil/mês

Imagine a cena: um magistrado, figura que deveria zelar pela lei, dirige completamente alterado e atropela um ciclista. Agora pense que esse mesmo juiz — em vez de responder pelo crime — continua recebendo mais de R$ 130 mil mensais. Parece roteiro de filme distópico? Pois é a realidade que está causando burburinho nos tribunais brasileiros.

O caso, que parece saído de um pesadelo kafkiano, aconteceu em plena luz do dia. Testemunhas afirmam que o juiz — cujo nome foi preservado por questões legais — claramente não estava em condições de pegar no volante. "Ele cambaleava como se tivesse acabado de sair de uma maratona de cachaça", relatou um comerciante que viu tudo.

O acidente que virou símbolo de impunidade

O ciclista, trabalhador que usava a bicicleta como meio de transporte, ficou gravemente ferido. Enquanto isso, o magistrado:

  • Não perdeu o cargo
  • Continua recebendo salário integral
  • Aguardará julgamento em liberdade

"É de cair o queixo", dispara a advogada Carla Mendes, especialista em direito administrativo. "Enquanto cidadãos comuns sofrem as consequências de seus atos imediatamente, alguns parecem viver numa bolha de impunidade."

Os números que escandalizam

O salário do juiz em questão — R$ 130.376,02 para ser exato — daria para:

  1. Pagar 217 salários mínimos
  2. Cobrir 5.215 cestas básicas
  3. Financiar 10 anos de faculdade particular

E o pior? Esse valor sequer inclui as diversas mordomias do cargo — auxílios moradia, saúde e educação que podem dobrar o ganho real. Enquanto isso, a vítima do acidente luta para pagar suas contas médicas.

Nas redes sociais, o caso virou polêmica nacional. "Isso não é justiça, é privilégio escancarado", escreveu um usuário. Outros lembram que, se fosse um trabalhador comum, já estaria atrás das grades há tempos.

O Tribunal de Justiça alegou que o processo está "seguindo os trâmites legais". Mas será que esses trâmites são os mesmos para todos? A pergunta fica no ar, ecoando o descontentamento popular com um sistema que parece ter dois pesos e duas medidas.