
Eis que o dia amanheceu diferente para alguns empresários gaúchos. Bem cedo, por volta das 6h desta segunda-feira (1º), a força-tarefa da Polícia Civil deu início a uma operação que tá dando o que falar. Não foi um despertar comum, não. Foram 11 mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça, tocando o terror em endereços de Porto Alegre e mais três cidades da região metropolitana.
O cerco se fecha em torno de um suposto – e audacioso, diga-se – esquema de desvios em licitações públicas. Sabe aqueles contratos milionários para serviços de limpeza e conservação? É aí que a coisa complica. A investigação, que já rola há um tempinho sob sigilo, aponta para manobras nada ortodoxas para fraudar editais e desviar uma grana preta dos cofres públicos.
O Modus Operandi da Fraude
Aqui é onde a criatividade para o crime impressiona. De acordo com as primeiras pistas, os investigados teriam formado um… vamos chamar de ‘clube’ bastante exclusivo. A tática era se reunir antes das concorrências públicas e combinar lances, valores e quem iria ‘vencer’ cada uma. Um conluio perfeito, orquestrado para eliminar qualquer resquício de competição real e inflacionar os preços – que, claro, saiam do bolso do contribuinte.
Não contentes em apenas combinar preços, a quadrilha suspeita também forjava documentos. Notas fiscais frias, comprovantes de capacitação técnica que não existiam… o pacote completo para enganar o poder público e garantir que o dinheiro rolasse solto para seus bolsos. Uma verdadeira aula de como não se fazer negócios.
As Empresas Envolvidas e o Prejuízo
A operação mira diretamente quatro empresas do ramo de limpeza e conservação. A Polícia Civil ainda segura os nomes delas, mas adianta que os contratos sob investigação são vultosos. Estamos falando de valores que facilmente ultrapassam a casa dos milhões de reais. O prejuízo? Incalculável para os cofres públicos e para a sociedade, que paga por um serviço superfaturado.
Os mandados foram cumpridos sem maiores incidentes, mas o clima era de tensão. Computadores, documentos contábeis, celulares e uma penca de papéis foram apreendidos. Tudo isso vai ser vasculhado com lupa pelos delegados, que buscam provas concretas para embasar as acusações.
O que me faz pensar: até quando acham que dá para brincar com o dinheiro que é de todos? A operação é um sinal forte de que a Justiça está de olho. E, cá entre nós, não é de hoje que se fala em maracutaias em licitações. A sensação é de que finalmente a casa está sendo posta em ordem.
Os investigados agora respondem na Justiça por crimes de formação de cartel, fraude em licitação e falsidade ideológica. Se condenados, as penas podem ser… bem, nada leves. A gente fica torcendo para que essa operação sirva de exemplo e iniba outros grupos de tentar a sorte. O Rio Grande do Sul merece mais respeito.