
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que uma detenta tem um parto prematuro dentro de um presídio em Santa Catarina. As imagens, gravadas por outras presas, mostram a mulher em trabalho de parto no chão da cela, sem assistência médica adequada.
Segundo relatos, o parto ocorreu de forma espontânea e foi assistido por outras detentas, que tentaram ajudar da melhor forma possível. O bebê, nascido prematuramente, foi encaminhado para atendimento médico após o ocorrido.
Condições precárias no sistema prisional
O caso reacendeu o debate sobre as condições de saúde e higiene nos presídios brasileiros. Especialistas apontam que a falta de estrutura adequada para gestantes no sistema prisional coloca em risco tanto a vida das mães quanto dos bebês.
"É inadmissível que, em pleno século XXI, uma mulher tenha que dar à luz em condições tão precárias", declarou uma representante de direitos humanos que preferiu não se identificar.
Autoridades se manifestam
A Secretaria de Administração Prisional de Santa Catarina emitiu nota informando que está apurando os fatos e que tomará as providências necessárias. O órgão afirmou que todas as detentas gestantes têm direito a acompanhamento médico, mas não explicou por que esse direito não foi garantido neste caso específico.
O Ministério Público já anunciou que irá investigar as condições do presídio e a possível negligência no atendimento à detenta.
Repercussão nas redes sociais
O vídeo do parto gerou comoção nas redes sociais, com muitos usuários criticando as condições do sistema prisional brasileiro. Algumas organizações de direitos humanos já estão se mobilizando para oferecer assistência jurídica à detenta e acompanhar o caso do recém-nascido.
Especialistas em saúde prisional alertam que situações como esta não são isoladas e refletem um problema estrutural no tratamento dado às mulheres no sistema carcerário.