Fazendeiro é condenado a pagar R$ 240 mil a trabalhadores resgatados em condições análogas à escravidão em MS
Fazendeiro paga R$ 240 mil por trabalho escravo em MS

Em uma decisão que reforça o combate ao trabalho análogo à escravidão, um fazendeiro do Mato Grosso do Sul foi condenado a pagar R$ 240 mil em indenização por danos morais coletivos. A ação judicial foi movida após o resgate de trabalhadores que atuavam em condições degradantes em uma propriedade rural no estado.

Condições alarmantes

Os trabalhadores foram encontrados durante uma operação de fiscalização, vivendo em situações que violavam princípios básicos de dignidade humana. Entre as irregularidades identificadas estavam:

  • Alojamentos precários e insalubres
  • Falta de equipamentos de proteção individual
  • Jornadas exaustivas de trabalho
  • Restrições à liberdade de locomoção

Valor da indenização

Os R$ 240 mil determinados pela Justiça serão destinados ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e devem ser utilizados em ações de prevenção e combate ao trabalho escravo contemporâneo. O valor foi calculado considerando a gravidade das violações e o poder econômico do empregador.

Impacto da decisão

Especialistas em direitos trabalhistas destacam que sentenças como esta servem como importante instrumento de dissuasão para outros empregadores que eventualmente mantenham práticas semelhantes. "A condenação por danos morais coletivos envia uma mensagem clara de que a sociedade não tolera mais essas violações", afirma um representante do Ministério Público do Trabalho.

A decisão judicial ocorre em um momento em que o Brasil intensifica as ações de fiscalização contra o trabalho análogo à escravidão, especialmente no setor rural, onde as condições precárias ainda são encontradas com frequência alarmante.