Um estudante da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) relatou ter sido vítima de perseguição por parte de seguranças do campus, em um caso que levantou acusações de racismo. O jovem, que preferiu não se identificar, contou que foi abordado de forma agressiva e questionado se "realmente era aluno" da instituição.
De acordo com o relato, a situação ocorreu quando o universitário circulava pelo campus durante o intervalo entre aulas. Ele afirma que foi seguido por seguranças que, sem qualquer justificativa, exigiram que comprovasse sua matrícula na universidade. "Foi humilhante. Enquanto outros alunos passavam livremente, eu fui tratado como um intruso", desabafou.
O caso gerou indignação entre colegas e professores, reacendendo o debate sobre racismo estrutural em instituições de ensino superior. A direção da PUC-Campinas informou que apura o ocorrido e reforçou seu compromisso com a diversidade e o combate a qualquer forma de discriminação.
Especialistas em direitos humanos destacam que episódios como este refletem um padrão de violência racial cotidiana, onde pessoas negras são constantemente submetidas a situações de constrangimento e suspeição injustificada. Organizações estudantis planejam protestos para cobrar medidas concretas contra o racismo no ambiente universitário.
