
Uma cena que deveria ser corriqueira em um café de Belo Horizonte transformou-se em mais um episódio de racismo estrutural. Uma cliente negra relatou ter sido a única pessoa abordada por funcionários do estabelecimento para participar de uma ação publicitária, enquanto outros clientes brancos não foram convidados.
O caso, que ocorreu no último final de semana, ganhou repercussão nas redes sociais após a vítima compartilhar sua experiência. Segundo ela, a abordagem seletiva deixou claro o critério racial na escolha dos participantes.
O relato da vítima
"Fui a única pessoa negra no local naquele momento, e a única abordada", desabafou a mulher, que preferiu não se identificar. "Quando questionei o motivo, recebi justificativas evasivas que só confirmaram minha suspeita de discriminação."
Reação do estabelecimento
O café emitiu nota afirmando que "repudia qualquer forma de discriminação" e que está apurando internamente o ocorrido. Prometeu ainda tomar medidas para evitar situações semelhantes no futuro.
Impacto nas redes sociais
O caso reacendeu o debate sobre racismo no comércio e na publicidade brasileira:
- Usuários destacaram a naturalização de critérios raciais excludentes
- Especialistas lembraram que o caso reflete um problema estrutural
- Movimentos sociais cobraram posicionamento mais firme das empresas
Contexto social
Especialistas em relações raciais apontam que situações como esta não são isoladas. "O racismo se manifesta de formas sutis no cotidiano, especialmente em espaços de consumo", explica uma pesquisadora da área.
O caso ocorre em um momento de crescente discussão sobre representatividade e inclusão racial no Brasil, com avanços legislativos mas ainda muitos desafios na prática.