Defensoria Pública contesta versão da PM e afirma que jovem morto na Zona Leste de SP não estava armado
Defensoria diz que jovem morto em SP não estava armado

A Defensoria Pública de São Paulo entrou em rota de colisão com a versão apresentada pela Polícia Militar sobre a morte de um jovem na Zona Leste da capital paulista. Segundo o órgão, não há evidências de que a vítima estivesse armada no momento do ocorrido, contrariando a narrativa inicial dos agentes.

O caso, que ocorreu na última semana, ganhou repercussão após familiares e testemunhas contestarem o relato oficial. "Há inconsistências graves na versão policial", afirmou um representante da Defensoria, que já requisitou a abertura de investigação independente.

PMs afastados e investigação em andamento

Os policiais militares envolvidos no episódio foram afastados preventivamente do serviço operacional. A Corregedoria da PM anunciou que apurará todas as circunstâncias do caso, enquanto o Ministério Público avalia pedir abertura de inquérito civil.

Moradores da região onde ocorreu o fato relatam clima de tensão. "Isso não pode continuar acontecendo", desabafou uma vizinha que preferiu não se identificar.

Dados alarmantes

O episódio reacende o debate sobre letalidade policial no estado:

  • São Paulo registrou 814 mortes em intervenções policiais em 2024
  • 76% das vítimas eram jovens entre 15 e 29 anos
  • Em 43% dos casos, há divergências entre versões oficiais e relatos de testemunhas

Especialistas em segurança pública alertam para a necessidade de protocolos mais rígidos no uso da força e maior transparência nas investigações.