Rio de Janeiro registra queda em homicídios, mas roubos disparam: entenda os números
RJ: homicídios caem 12%, mas roubos sobem 27% em 2025

O Rio de Janeiro vive um paradoxo que deixaria até os cariocas mais descolados de cabelo em pé. Enquanto os homicídios dão uma trégua — coisa rara por essas bandas —, os roubos resolveram fazer a festa. E que festa!

Os números mais recentes, divulgados pelo Anuário da Violência e pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), mostram uma queda de 12% nas mortes violentas no primeiro semestre de 2025. Mas calma lá antes de comemorar: os assaltos subiram assustadores 27% no mesmo período. Parece aquela história de "tira com uma mão e dá com a outra", só que ninguém pediu por isso.

Os números que não mentem (mas confundem)

Detalhando a encrenca:

  • Homicídios dolosos: 1.214 casos (contra 1.380 em 2024)
  • Latrocínios: redução de 18% — algo bom, convenhamos
  • Roubos de rua: salto de 31% (sim, você leu certo)
  • Roubos de veículos: aumento "modesto" de 22%

E olha que curioso: enquanto a capital fluminense respira aliviada com menos assassinatos, a região metropolitana puxou a média pra baixo com quedas expressivas. Já os roubos? Ah, esses democratizaram o caos por todo estado.

Especialistas tentam explicar (e quase se embolam)

"Tem explicação, mas não é simples", diz o professor de segurança pública Carlos Amorim, enquanto ajusta os óculos — gesto clássico de quem vai dizer algo complicado. Segundo ele, três fatores se misturam:

  1. Operações policiais mais focadas em áreas de milícia
  2. Crise econômica empurrando pequenos criminosos para furtos
  3. Mudança nos padrões de criminalidade organizada

Já a socióloga Beatriz Ramos arrisca: "Pode ser efeito daquela velha gangorra criminal — quando se pressiona um tipo de crime, outro cresce. Como apertar um balão cheio". Metáfora perfeita para o Rio, não?

E o cidadão comum? Bem, esse continua na corda bamba

Na prática, o morador do Rio vive um dilema diário. "Antes eu só tinha medo de bala perdida, agora tenho medo do celular ser roubado antes do metrô chegar", conta a advogada Fernanda Costa, enquanto segura a bolsa com força na Central do Brasil.

Os especialistas concordam num ponto: números são frios, mas o sentimento de insegurança é quente e constante. E você, leitor? Acha que esses dados refletem sua realidade? Ou a conta não fecha pra seu bairro?

Uma coisa é certa: no tabuleiro da violência carioca, quando uma peça se mexe, outra cai. Resta saber se alguém está realmente jogando a favor da população.