
Era um dia comum em Uberlândia — sol escaldante, trânsito caótico e aquele ritmo frenético típico de cidade grande. Até que o inesperado aconteceu. Um pedreiro, homem simples que ganhava a vida com o suor do próprio rosto, foi vítima de uma brutalidade que deixou a região em choque.
Segundo testemunhas, tudo começou com uma discussão aparentemente banal. O profissional, que preferia não se expor (como muitos da sua categoria), havia prestado serviços dias antes. Trabalhou duro, sujou as mãos, cumpriu o combinado. Mas quando foi cobrar — direito básico de qualquer trabalhador —, a situação degringolou de um jeito que ninguém poderia prever.
O crime que parou o bairro
Facadas. Não uma, não duas — múltiplos golpes que transformaram uma simples cobrança em cena de horror. Vizinhos relatam ter ouvido gritos, mas, num primeiro momento, pensaram ser briga de trânsito (coisa tão comum por ali). Só depois perceberam a gravidade.
"Ele saiu correndo, ensanguentado, pedindo ajuda", conta um morador que preferiu não se identificar. "Mas ninguém soube reagir a tempo." O tom de voz dele tremia ao lembrar os detalhes.
Autônomos em risco
O caso escancara um problema que muitos fingem não ver: a vulnerabilidade dos trabalhadores informais. Sem contratos, sem proteção — muitas vezes sem respeito. Quantos não passam por situações similares diariamente, mas sem desfecho trágico?
Especialistas em segurança ouvidos pela reportagem destacam: "Quando o conflito envolve dinheiro e relações não formalizadas, o risco de violência aumenta exponencialmente". Frase dura, mas que parece fazer sentido diante dos fatos.
A polícia já iniciou as investigações e busca o suspeito. Enquanto isso, familiares e amigos se despedem de um homem que só queria receber pelo seu trabalho. O velório acontece nesta quinta, discreto — assim como ele viveu.