
Um trágico caso de violência urbana e falha no sistema de saúde chocou o Rio de Janeiro nesta terça-feira (27). Um motorista de aplicativo, vítima de disparos de arma de fogo, morreu após percorrer dois hospitais públicos sem conseguir realizar um exame de tomografia computadorizada essencial para seu tratamento.
Peregrinação fatal
O profissional, cuja identidade ainda não foi divulgada, foi baleado na região metropolitana do Rio. Mesmo com o ferimento grave, precisou ser transferido entre unidades de saúde devido à falta de equipamentos e especialistas disponíveis.
O quadro se agravou durante as horas perdidas entre deslocamentos e espera por atendimento. Familiares relatam que os médicos chegaram a diagnosticar a necessidade urgente da tomografia, mas a vítima não resistiu até conseguir realizar o exame.
Crise na saúde pública
Este caso escancara problemas crônicos no atendimento de emergência:
- Falta de equipamentos essenciais em hospitais públicos
- Demora no atendimento de casos graves
- Dificuldades de coordenação entre unidades de saúde
Especialistas em saúde pública alertam que situações como esta se tornam cada vez mais frequentes, especialmente em períodos de alta demanda nos sistemas de saúde.
Violência urbana
O caso também traz à tona a discussão sobre a segurança de motoristas por aplicativo, frequentemente alvos de criminosos. Só neste ano, esta é a terceira ocorrência grave envolvendo profissionais da categoria na região metropolitana do Rio.
Autoridades locais prometem investigar tanto as circunstâncias do crime quanto as falhas no atendimento médico que podem ter contribuído para o desfecho trágico.